Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O povo brasileiro vai às praças e às ruas – uma palavra evangélica



Estamos todos sob o impacto dos últimos acontecimentos em nossa nação. A presença do povo brasileiro nas ruas em escala de grandeza superlativa, sem dúvida alguma, traz a todos um sentimento de perplexidade e um chamado à reflexão.
A massa humana inconformada parece sinalizar a requisição categórica de um novo encaminhamento para as questões de políticas públicas no Brasil. Os avanços dos últimos anos não foram suficientes, até agora, para produzir um senso de protagonismo no povo brasileiro. Fica claro e evidente o descontentamento e o desejo por mudanças profundas e concretas.
Os atos pontuais de vandalismo praticados por uma ínfima parte dos presentes nesses ajuntamentos, não parecem desqualificar o movimento; talvez ajudem, isso sim, a explicar as muitas contradições presentes na configuração social brasileira. Há que se manter um cuidado crítico em relação ao que se recebe por parte das mídias. Já é sabido por todos que as mesmas muitas vezes atendem a interesses que nem sempre são os da coletividade.
De uma forma geral, as manifestações têm assumido um tom pacífico e propositivo.
As pautas são diversas: Transporte público, Corrupção nos setores públicos, Saúde precarizada, Educação de baixa qualidade e Violência urbana, estão entre os temas mais presentes.
O tom apartidário do movimento aponta para uma crítica severa às instituições políticas e na direção de um maior controle social da governança pública.
A Aliança Cristã Evangélica Brasileira se manifesta favorável à utilização dos instrumentos democráticos como afirmação de uma espiritualidade cristã encarnada, que incida nas questões de ordem pública para o estabelecimento da justiça social, conforme já declarou no documento “Por uma Igreja Participativa e Cidadã”.
Outrossim, rejeitamos qualquer manifestação pessoal, pública ou institucional que se imponha pela violência ou por outro mecanismo que se identifique com a corrupção dos valores do reino de Deus para a vida em sociedade.
Assim sendo, conclamamos as igrejas brasileiras e de todo o mundo a unirem-se a nós em oração pela nossa nação.
Oramos pelas autoridades constituídas, para que tenham o bom senso e a coragem de apresentar respostas que sinalizem o início de diálogos na direção da garantia das demandas populares.
Oramos clamando para que a justiça e paz social, elementos constituintes do reino de Deus, predominem em cada pedaço de chão do nosso amado país.
Oramos pela dinâmica de amadurecimento de nossa democracia, trazendo a termo melhores dias para a nossa gente.
Oramos por nós mesmos, como igreja, para que sejamos sensíveis aos movimentos do Espírito Santo em meio aos processos conturbados, e façamos escolhas que reflitam a luz de Deus diante dos homens, através de testemunhos de boas obras e práticas da justiça.
Concluímos com as palavras do Pr Carlos Queiroz, embaixador da Aliança Cristã Evangélica Brasileira:
“A justiça de Deus é bem maior que o conceito de justiça do ser humano. É baseada em valores como mansidão, sensibilidade, misericórdia e amor. Mas isso não quer dizer que a justiça de Deus é menor do que o mínimo exigido pela justiça humana, como o direito à habitação, alimentação, saúde, educação, lazer, liberdade de exercer a vocação humana.”


Retirado do site Aliança Cristã Evangélica Brasileira

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Viva Santo Antônio



Pelo menos 68 igrejas da Arquidiocese de Salvador promovem nesta quinta-feira, 13, trezenas e missas em honra a um dos mais populares santos no Brasil e Portugal: Santo Antônio.
Martelo dos hereges, doutor evangélico, lírio de pureza, taumaturgo, casamenteiro. Estes são apelidos do santo nascido Fernando de Bulhões e Taveira, em Lisboa, e que passou à história católica como Antônio de Pádua.
Uma das mais tradicionais trezenas é realizada na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo, onde hoje, às 19h, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, celebra a missa de encerramento.
Na mensagem que escreveu aos paroquianos do Carmo, dom Murilo ressaltou que "Santo Antônio, com o exemplo que nos deixou, nos ensina que a justiça, a solidariedade e a paz são possíveis, desde que busquemos fazer de Jesus o centro de nossas vidas".
Por sua vez, o frei Ronaldo Marques, pároco de Santo Antônio Além do Carmo, explica que, no Brasil, o santo português tem maior fama do que São Francisco por ser associada a ele a distribuição do pão dos pobres. "Um grande número de pessoas recorre às igrejas nas terças-feiras para conseguir este pão", diz frei Ronaldo.
Nas residências - As celebrações nas casas   também são tradição. A comerciante Raimunda Angélica Machado, a Cigana, celebra o santo hoje, às 21h,  em seu bar, na Praça da Matriz, em Lauro de Freitas. "Fiz uma promessa por meu marido, ele atendeu. Há nove anos faço a reza".
Na Bahia, a devoção dos católicos adquire  um traço diferenciado. "Aqui, a fé em Irmã Dulce também está ligada à fé em Santo Antônio. Os fiéis  já chamam o Santuário de Irmã Dulce também com o nome de Santo Antônio", explicou  o seu reitor, padre Alberto Montealegre.
Hoje, o padre Alberto Montealegre celebra missa festiva às 16h, seguida de procissão. Entre os devotos de Irmã Dulce, o santo de Lisboa é invocado como protetor dos pobres. O padre Manoel Filho, da Pastoral da Comunicação, lembra que "quando se diz que o santo foi o 'martelo dos hereges', isso aconteceu porque ele sempre foi fiel ao que acreditava  e usava o argumento, jamais a violência, para anunciar o Cristo".