Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pastor Djalma Torres participa de campanha contra a intolerância religiosa

Quem anda pelas ruas de salvador já deve ter visto um out door, com líderes de diversos segmentos religiosos, veiculado deste 20 de novembro em várias partes da cidade. A campanha alerta  para o crime de intolerância religiosa.  O Pastor Djalma Torres  foi escolhido pela sua história de combate a intolerância religiosa há mais de trinta anos. Também fazem parte o Espírita José Medrado, do Centro Cidade da Luz; a Ialorixá Jaciara Santos, do terreiro Axé Abassa de Ogum; o Padre Lázaro, da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos; a Makota Valdina Pinto.

A iniciativa  é da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial - Sepromi em comemoração ao Novembro Negro. A campanha veiculada também em rádio e TV alerta  para o crime de intolerância religiosa. 

Para conferir a mensagem clique na foto abaixo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CANUDOS, 120 ANOS DE LUTA E HISTÓRIA



Há cerca de 120 anos, às margens do Rio Vaza Barris, numa fazenda abandonada, em plena caatinga do sertão nordestino, nasceu um povoado chamado Belo Monte. Em pouco tempo cresceu até chegar a mais de 20 mil pessoas, entre crianças, jovens, mulheres e homens ativos e idosos que ainda trabalhavam. Eram brancos, mulatos e negros, trabalhadores do campo e pequenos proprietários de terra sem condições de sobrevivência; eram homens solteiros e famílias desamparadas.
Hoje, 120 anos depois, não existe mais o povoado. As águas do Açude do Cocorobó ocupam a área do antigo povoado. No final da semana passada, mais uma vez, nós falamos, rezamos, cantamos e choramos por Belo Monte. Isso aconteceu com a 26ª, Romaria de Canudos, realizada nos dias 18 à 20 de outubro de 2013, organizada pelo Instituto Popular Memorial de Canudos – IPMC, pela Paróquia de Santo Antônio de Canudos, pela Comissão da Romaria e com o apoio da Prefeitura Municipal de Canudos e da UNEB.

O tema deste ano foi “Os Jovens e o Meio Ambiente na História Viva de Canudos”, com o lema “Jovem! Levanta-te, Anda e Transforma o Sertão”, baseado em Lucas 7:14. A programação foi antecedida por uma tribuna na Capela do IPMC, nas noites de 15, 16 e 17 de outubro. No dia 18, 6ª feira, houve atividades do Fórum de Desenvolvimento Local Sustentável de Canudos. No dia seguinte, 19, sábado, foram realizadas uma oficina no Memorial da UNEB, visitas ao Parque Estadual de Canudos e à noite, com a celebração ecumênica, a romaria efetivamente teve início. Seguiu-se uma Mesa Redonda sobre a juventude e o meio ambiente e o sábado chegou ao fim com uma já tradicional Noite Cultural, com artistas da região. No domingo, 20, a romaria propriamente dita teve início com uma alvorada, às 5h00 da madrugada; depois da celebração da missa, às 6h00, a caminhada foi iniciada, seguindo pelas ruas da cidade em direção ao açude, com paradas para pronunciamentos sobre o semiárido, a seca, o descaso político com a região e orações com pedido de chuva. O encerramento foi feito com os agradecimentos e o rito de envio aos romeiros e a todos os participantes. 

Um momento emocionante foi o desfile das escolas municipais que evocaram a história de Canudos, apresentando grupos de canudenses, do exército, de mulheres, de crianças, dos pescadores, dos produtos agrícolas dos sítios e da figura exponencial do Conselheiro.
Por tudo isso a romaria dos 120 anos da fundação de Canudos foi brilhante e as dezenas de visitantes do Nordeste, de outras regiões do País e de fora do Brasil ficaram entusiasmadas pelo que viram e ouviram. Merecem os aplausos de todos nós os organizadores da romaria.
Canudos está vivo!

Pr. Djalma Torres




Rua Capelinha do Tororó,1, 1º andar, Tororó – 40050-050, Salvador,Bahia

 Tel. 71 3266-5526   – blogdocepesc.blogspot.com.br – cepec.ba@gmail.com

A ATUALIDADE DA REFORMA

UMA RELEITURA PARA OS NOSSOS DIAS

Cerca de quinhentos anos já se passaram, desde o dia em que Lutero pregou as suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, num gesto em que buscava o apoio do Papa à  sua luta para combater a herética e corrupta prática do tráfico de indulgências no seio da igreja, e que se transformou no evento simbólico do movimento que seria historicamente conhecido como a Reforma Protestante.
  
A ação de Lutero, somada à de outros luminares desse movimento, como por exemplo Zwinglio, Calvino e Melanchton teve, por certo, condicionamentos sociais, filosóficos, econômicos, políticos e tecnológicos diversos, mas o seu epicentro foi o espaço religioso de então, totalmente dominado pela Igreja Católica, com todo o seu poder econômico, político e espiritual, estribado no quase absoluto monopólio do conhecimento, especialmente do conhecimento religioso e teológico.
   
Esse monopólio institucional do conhecimento, sempre (ontem e hoje) nocivo e conducente ao autoritarismo, resultava em práticas   manipulatórias que se constituíam em graves agressões à  verdade evangélica, cuja natureza é libertadora e comprometida com a autonomia e a realização do ser humano.
   
Se a Reforma foi, no seu princípio, um libelo contra  uma igreja distante dos princípios evangélicos e  uma luta pela libertação do jugo e do  poder opressor de uma instituição dominada por um clero corrupto e autoritário, ela proclamou verdades que, pelo seu alcance, terão sempre uma grande força transformadora na vida das igrejas e das sociedades alcançadas por sua mensagem.
   
Hoje, ao analisar o mundo e o ambiente religioso, e constatar como estão nele  presentes o autoritarismo e as práticas de manipulação de pessoas, somos convencidos da atualidade da Reforma e da necessidade de a igreja resgatar suas idéias-eixo e comprometer-se em estar sempre se reformando.
   
Tal convicção é reforçada pela análise dos quatro anúncios sistêmicos destacados a seguir, cuja  influência cumulativamente transformadora e avivadora ainda hoje é muito ausente na prática das igrejas e no mundo em que vivemos. Nesse sentido, a Reforma é um movimento sempre futurista, uma utopia ainda não realizada e um desafio sempre presente.

1). O primeiro destaque: Os reformadores anunciaram a universalização da salvação ou, do ponto de vista institucional social e político, a democratização da salvação.

A redescoberta da verdade bíblica da justificação  pela fé e o anúncio desta verdade iam de encontro aos interesses e à pregação de uma igreja que se pretendia depositária da graça salvadora de Deus. Por isso, “sem a igreja e fora dela não havia possibilidade de salvação”. Só havia um caminho para alcançá-la: ser católico apostólico romano e estar sob o poder absoluto e absolutista da igreja, sem questionamentos ou desvios.
   
A mensagem da Reforma implicava no reconhecimento de que a salvação é pela graça (de Deus), através da fé (do homem), e que esta fé é dom de Deus e não obra humana, para que ninguém, diante da graça salvífica, se pense melhor que um outro ou superior a ele. A Reforma posicionava todas as pessoas em condições de igualdade diante da graça de Deus.
   
Assim, não há mais espaço para mediadores autoritários, mas para servidores dessa graça, comunicando-a aos homens como o serviço maior que lhes pode prestar.
   
Sob esta ótica, só há um absoluto, Deus, o Senhor  da graça, da fé, da salvação e da própria igreja. Esta, como meio de comunicação dessa graça, ela mesma somente será aprovada enquanto seja fiel ao seu Senhor e útil para a salvação e a realização dos homens, por sua palavra e por sua vida - porque a palavra falada precisa ser também a palavra vivida.
   
A graça de Deus alcança a todos, é universal; a salvação é para todos, sem acepção de pessoas, e é universal a sua oferta. O meio de resposta do homem, a fé, é acessível a todos e, assim, também universal. A resposta humana à graça de Deus, por sua vez, não depende da sujeição a um credo formal, a poderes e instituições históricas, mas deve ser pessoal, consciente e autônoma. O poder de decidir se a aceita ou não está no homem, em cada indivíduo – esse o aspecto universal e democrático da salvação.

2). O segundo destaque: Os reformadores anunciaram a universalização do conhecimento, a democratização do saber. Do saber religioso, primeiro; do conhecimento em geral, como consequência. Essa era a implicação direta da mensagem em que preconizavam o acesso direto de todos os crentes e de todos os homens à leitura da  Bíblia e à educação.

Se, diante dos postulados preconizados pela Reforma, nem mesmo as principais autoridades espirituais da Igreja teriam a prerrogativa de tirar do povo o direito de acesso ao conhecimento libertador das verdades cristãs exaradas na Bíblia, quem o teria e em que âmbito da vida?
   
Era o posicionamento, mais ou menos consciente dos reformadores, de que eles não haviam sido chamados para defender o Evangelho, mas para proclamá-lo em sua inteireza e em seu caráter libertados de todas as opressões, e para vivê-lo. De que a igreja, para tornar-se conscientemente fiel, precisa do conhecimento libertador das verdades evangélicas, de transparência em suas práticas e de uma vida íntegra com a qual testemunhe o poder da mensagem que proclama.
   
Agora, com as facilidades criadas pela invenção da imprensa, com o ambiente cultural propício gerado pelo Renascimento, e com o apoio de alguns soberanos que se desprendiam dos grilhões de uma religião autoritária e obscurantista, os reformadores e seus seguidores podiam fazer a Bíblia chegar ao povo e, com isso, tornar  universalmente acessível (consideradas as limitações da época) o conhecimento das suas verdades libertadoras.
   
Até então o conhecimento, como fonte de poder, em qualquer religião que se considere, fora sempre monopólio de uns poucos religiosos do alto escalão, todos eles sacerdotes e, por isso mesmo, comprometidos com o status-quo, com a tradição, com o passado.
   
3). O terceirondestaque: Urgia, pois, que outra verdade, sinérgica com essas duas já proclamadas, viesse juntar-se a elas para quebrar essa díade diabólica, de viés autoritário – o monopólio e a institucionalização da salvação, o monopólio e a institucionalização do conhecimento e do saber. E os reformadores anunciaram o sacerdócio universal dos crentes, cuja primeira implicação é a atomização e a democratização do poder na igreja.
   
Antes. o povo não existia como sujeito da sua salvação e da sua história, construída a partir da graça de Deus que lhe é estendida e da sua resposta consciente e autônoma a esta graça, pela fé. Agora, a realidade seria diferente.
   
A instituição eclesiástica que, como tal, só tem sentido para o seu existir se serva de Deus e dos homens, salvos ou não, é chamada a voltar ao seu verdadeiro lugar. O povo, e cada ser humano em particular, é colocado ante o desafio de assumir e realizar a sua autonomia, bem como de dar sentido à suaprópria vida. E, se por decisão pessoal e consciente, assumir a fé cristã, é chamado também a construir a caminhada da sua igreja, num tipo de relação diferente, segundo a qual, a partir de agora, o poder  não mais estará concentrado em uma pessoa ou na classe sacerdotal, mas atomizado, disperso, distribuído entre todos os cristãos, pois todos são igualmente sacerdotes.   
   
Era um golpe certeiro e mortal, se levado às últimas conseqüências, no autoritarismo, sempre diabólico, que encontra os campos mais férteis para prosperar nos espaços religiosos onde predominem o emocionalismo, o culto a personalidades, os mistérios e operações somente acessíveis a alguns privilegiados, bem como no meio das “seitas” científicas esquecidas da finitude e limitação humanas, e nos espaços políticos de viés messiânico, assistencialista, populista e demagógico.
   
O sacerdócio universal dos crentes era a verdade bíblica a ser necessariamente  realçada para que o  verdadeiro sentido da liderança cristã, que segundo os ensinos do Novo Testamento  se traduz em serviço para a salvação e para o crescimento e a realização do homem em Cristo,  pudesse ser resgatada, reaprendida e posta em prática pelos cristãos.
   
Como justificar, agora, a concentração do poder na classe sacerdotal, se todos são sacerdotes? Qual a justificativa para que o clero, não importando como sejam chamados os seus sacerdotes oficiais, sejam mais importantes e  mais poderosos que os não-clérigos, os demais cristãos chamados de leigos (por definição, os que não sabem) – um  horrível apelido arranjado para eles, com o intuito consciente ou não de confiná-los em seu próprio espaço, distante do espaço dos sacerdotes e  sujeitos ao seu poder usurpador?

Sinérgica e cumulativamente, a força transformadora da mensagem da Reforma, com todas as suas implicações para a igreja e para a sociedade, vai-se mostrando em sua plenitude:

A justificação é pela fé, e a salvação é para todos, é universal e democraticamente oferecida.

A Bíblia, o conhecimento e o saber são para todos, e essa fonte milenar de poder  (conhecimento, saber) deve ser acessível a todos, universal e democraticamente.

E se o sacerdócio também é universal, não há mais um lugar privilegiado para os que sabem e podem (o clero), em detrimento dos que não sabem e não podem (os leigos).
   
Mas como o poder não está apenas no cargo, na posição e no nome pomposo que o descreva, mas também em suas prerrogativas, em seus rituais, em seus procedimentos e nos conceitos verdadeiros ou equivocados que o sustentem, faltava algo a ser realçado para viabilizar mais um golpe fatal da Reforma no autoritarismo obscurantista da igreja medieval e, por implicação, em qualquer tipo de autoritarismo.
   
4). O quarto destaque: A última verdade que destaco está implícita nas três outras acima destacadas e delas se deriva, especialmente do sacerdócio universal dos crentes: os reformadores anunciaram, com isso, a universalização ou a democratização dos meios de produção do que-fazer religioso.
   
Se todos os crentes são sacerdotes, a não ser que a instituição religiosa faça alguns mais sacerdotes que outros, tiram-se da classe sacerdotal as prerrogativas de ser detentora do conhecimento dos mistérios da religião e de ser a única instância da igreja capaz (e autorizada para tanto) de celebrar e realizar com exclusividade certas práticas e cerimônias mais significativas.
   
Agora, à luz deste novo conceito do sacerdócio cristão, de modo algum é dada ao clero a exclusividade para operar “mistérios” a que os demais crentes não tenham acesso. Ainda mais, para para práticas sem qualquer respaldo bíblico, espetaculosas, fortemente impressionantes e mais facilmente utilizáveis com propósitos manipulatórios, de demarcação de espaços de poder e ligadas a ostensivos interesses econômicoa e financeiros que, agindo em conjunto, resultam no fortalecimento do autoritarismo de lideranças anacrônicas e distantes do verdadeiro espírito cristão, conforme explicitado nos ensinos de Jesus.
   
Em tese, o sacerdócio universal dos crentes implica em que, se até o anúncio e o conhecimento da graça salvadora de Deus, sua bênção maior e renascedora  dirigida a todos os homens, não é mediada por uma instituição ou por uma classe especial de crentes (o clero), mas tem como sacerdotes e mediadores todos os cristãos, o mesmo deve acontecer com as outras bênçãos e verdades que Deus tem para os homens em geral e para o seu povo.
   
É claro que isso não deve impedir decisões, práticas e programas inteligentes da igreja, conducentes à plena utilização dos dons com que o Espírito de Deus a provê, bem como à cabal realização dos ministérios nos quais os crentes, abençoados com esses dons, respondam à vontade de Deus e às necessidades dos seus irmãos de fé e dos homens em geral, e encontrem o espaço de serviço adequado à sua realização como novas criaturas, como renascidos em Cristo e como comunidade e fraternidade da fé.
   
Isso somente será possível se a igreja tiver todos os cuidados para não se trair em sua prática, caindo em armadilhas e desvios autoritários ou repetindo, com justificativas pretensamente baseadas nos ensinos de Cristo, os modelos de divisão do trabalho e de estruturas hierárquicas piramidais comuns às culturas e  modelos econômicos das sociedades onde estão radicadas, todos distantes dos paradigmas estabelecidos nos evangelhos.
   
Essa possibilidade somente encontrará caminho para tornar-se real se a igreja, o povo renascido de Deus, assumir radicalmente o seu compromisso com Cristo e seus ensinos, construindo a sua unidade na diversidade, pois diversos são os dons e os ministérios, e o contrário disso seria o monolitismo e a uniformidade sem vida e autoritária da Igreja medieval. Também, livrando-se da carga de institucionalismo que o tempo e a irreflexão lhe foram impondo e sendo presente na sociedade como verdadeiros sal da terra e luz do mundo.
   
Diante do que acima dissemos, a Reforma é e será sempre uma obra inacabada. Será sempre um desafio, em qualquer tempo e em todos os lugares, nunca  assumido por uma igreja sacerdotal, comprometida apenas com a tradição, com a letra fria, com estruturas, programas, métodos e processos marcados pelo autoritarismo, pelo corporativismo clerical e por privilégios, divisões e prerrogativas injustificáveis concedidas a alguns.
  
A Reforma, ontem ou hoje, é coisa para uma igreja profética, questionadora do "status-quo", inconformada com este mundo, comprometida com a utopia possível (se assim não fosse, Jesus não a teria proposto) do Reino de Deus – o espaço humano e, por isso mesmo, espiritual, intelectual, emocional, físico, volitivo, individual, comunitário e social em que o senhorio de Cristo se realiza. Uma igreja que entenda que todo o poder e toda a honra são de Cristo, o nosso Senhor, e que os crentes, todos os crentes, sem distinções quaisquer, são igualmente filhos e igualmente servos do Deus altíssimo, chamados por ele para servir aos homens, a todos os homens, segundo a santa, libertadora e divina vontade.
   
A Reforma Protestante, em seus postulados mais centrais e fundamentais, de modo afinado com  o conjunto dos ensinos neo-testamentários, é um libelo, um grito de indignação, um manifesto e um protesto sempre atuais contra todas as formas de autoritarismo e de degradação do ser humano.

É um compromisso radical com Cristo e com a liberdade de ser humano na dimensão da humanidade nele revelada. Um compromisso  com a liberdade de rebelar-se contra o mal e toda manipulação da verdade e do homem, quaisquer que sejam suas fontes, formas, estruturas e mediações. Um compromisso com a coragem de ser livre e de assumir a nossa autonomia, dimensão essencial do ser cristão.

 

Pr. J. C. Torres