Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

População em situação de rua no Brasil



Pr. Fernando Carneiro



          Nos dias de hoje, milhares de pessoas vivem nas ruas constituindo uma população heterogênea e complexa formada por homens, mulheres, brancos, negros, crianças, jovens, idosos, analfabetos, intelectuais, religiosos, sem religião, ateus, artistas, heteros, homossexuais, sãos, doentes etc.
          Algumas dessas pessoas adotaram, por escolha, as ruas como moradia, mas a grande maioria, forçada por uma forte circunstância da existência humana, só teve a rua como opção para viver.
          A maior parcela da nossa sociedade, ainda olha para a população de rua com uma enorme carga de preconceito, generalizando a todos como vagabundos, marginais, bandidos, preguiçosos, drogados e prostitutos.
          Algumas graves injustiças são cometidas contra o “povo da rua”, entre elas, o preconceito irracional, intencional e generalizado sobre toda essa população que simplesmente é vista e tratada como marginal no sentido criminal.
          Já por parte do Estado, tem-se a falta de políticas públicas que visem resgatar e garantir a “dignidade da pessoa humana” dos moradores de rua, a exemplo da omissão diante da dilacerante epidemia do crack, que vem violentando e exterminando, principalmente a população de rua, nas cidades brasileiras, não poupando nem idosos e crianças.
          Outra preocupante realidade é a crescente violência policial e de gangues que vem se espalhando e se tornando rotineiras contra moradores de rua, nas principais cidades do país, através de execuções sumárias e coletivas, na maioria dos casos com requintes de crueldade.
          Diante dessa realidade, o que pode ser feito por uma comunidade como a Antioquia, para amenizar e/ou cessar esse holocausto social que desconsidera o maior dos direitos da humanidade, o direito à vida? O que dizem nossos sentimentos pelo semelhante? O que dizem nossos valores religiosos?  Podemos/devemos fazer algo?


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