Pr. Fernando Carneiro
Nos dias de hoje, milhares de pessoas vivem nas ruas constituindo uma população heterogênea e complexa formada por homens, mulheres, brancos, negros, crianças, jovens, idosos, analfabetos, intelectuais, religiosos, sem religião, ateus, artistas, heteros, homossexuais, sãos, doentes etc.
Algumas dessas pessoas adotaram, por escolha, as ruas como moradia, mas a grande maioria, forçada por uma forte circunstância da existência humana, só teve a rua como opção para viver.
A maior parcela da nossa sociedade, ainda olha para a população de rua com uma enorme carga de preconceito, generalizando a todos como vagabundos, marginais, bandidos, preguiçosos, drogados e prostitutos.
Algumas graves injustiças são cometidas contra o “povo da rua”, entre elas, o preconceito irracional, intencional e generalizado sobre toda essa população que simplesmente é vista e tratada como marginal no sentido criminal.
Já por parte do Estado, tem-se a falta de políticas públicas que visem resgatar e garantir a “dignidade da pessoa humana” dos moradores de rua, a exemplo da omissão diante da dilacerante epidemia do crack, que vem violentando e exterminando, principalmente a população de rua, nas cidades brasileiras, não poupando nem idosos e crianças.
Outra preocupante realidade é a crescente violência policial e de gangues que vem se espalhando e se tornando rotineiras contra moradores de rua, nas principais cidades do país, através de execuções sumárias e coletivas, na maioria dos casos com requintes de crueldade.
Diante dessa realidade, o que pode ser feito por uma comunidade como a Antioquia, para amenizar e/ou cessar esse holocausto social que desconsidera o maior dos direitos da humanidade, o direito à vida? O que dizem nossos sentimentos pelo semelhante? O que dizem nossos valores religiosos? Podemos/devemos fazer algo?
Sem comentários:
Enviar um comentário