Djalma Torres
Esta semana que está chegando ao fim e até amanhã, domingo, o mundo cristão está voltado para os últimos dias de Jesus Cristo entre nós. Em celebrações litúrgicas bem elaboradas ou em cultos bem simples, os cristãos de todo o mundo recordam o sofrimento, a crucificação, a morte e a ressurreição daquele que é o Senhor da maior religião do mundo, o cristianismo. Dizemos, como cristãos, que esta é a semana da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Hoje vamos dedicar o programa a este tema tão caro aos cristãos.
Neste texto usamos o Evangelho de Mateus, sem deixar de registrar os relatos dos demais evangelhos quando houver diferenças nos textos ou registros de fatos que não constem em Mateus.
Tudo começa com a entrada triuinfal de Jesus em Jerusalém, no domingo, que hoje denominamos “Domingo de Ramos”. Ele é aclamado pelo povo, - uma multidão - que o reverencia como “o bendito que vem em nome do Senhor”. Este episódio é registrado pelos quatro Evangelhos.
Do domingo até à quarta-feira ele realiza muita coisa em Jerusalém: expulsa os que se aproveitam da festa para explorar os pobres com a venda de animais para o sacrifício, realiza curas e milagres no templo, discute com as autoridades religiosas judáicas, profere várias parábolas, lamenta a incrudelidade de Jerusalém, profetiza a destruição do templo e se dá conta de que vai chegando o momento pior de sua vida, marcada por angústia e sofrimento. É a partir daí que tem lugar o que hoje celebramos como paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. É como um espetáculo em três atos, só que real, histórico, doloroso e divino.
PAIXÃO
Vamos ao primeiro ato. Depois de anunciar aos discípulos o que lhe estava aguardando, ele celebra com o seu grupo, a Páscoa. O texto está em Mateus, Capítulo 26, versos 17 à 19.
Este texto de Mateus, também presente em Marcos 14:12-16 e Lucas 22:7-13, dá início aos preparativos para a semana dolorosa vivida por Jesus Cristo. Jesus estava em Jerusalém para as comemorações anuais da festa da Páscoa, uma vez que, como judeu, devia ir ao templo para celebrar essa festa que lembrava a libertação da escravidão egípcia.
Aliás, vale lembrar que originalmente a páscoa era uma festa agrícola e pastoril, em que os agricultores e pecuaristas faziam oferta das primeiras colhetas e dos produtos dos seus rebanhos.
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