Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PASTOR DJALMA TORRES PARTICIPA DAS COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL DE COMBATE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Pastor Djalma Torres, durante a Cerimônia realizada na Câmara Municipal

Nesta segunda, 21, a Câmara Municipal de Salvador realizou uma cerimônia em comemoração ao dia de Combate a Intolerância Religiosa. A data oficializada em 2007, homenageia a sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, Yalorixá do Terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador. Mãe Gilda morreu de enfarto, após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de texto depreciativo.  A Igreja Universal do Reino de Deus, responsável pela publicação da Folha Universal, foi condenada a indenizar a família da yalorixá.
A cerimônia na Câmara foi aberta pela da vice-prefeita do município, Célia Sacramento, falando da importância do respeito a religiosidade alheia. Já a secretaria da secretaria Municipal de Reparação, Ivete Sacramento, chamou a atenção para o respeito ás diferenças e do direito de cada cidadão tem em professar a sua fé. O evento contou com a participação do coral da PM cantando o Hino nacional Brasileiro e o Hino da África do Sul.
Leonel Monteiro, Gicélia Cruz, Pe. José Carlos e Pr. Djalma Torres

Além das autoridades políticas, estiveram presentes também, o Padre José Carlos, o Pastor Djalma Torres, O ogan (sacerdote escolhido pelo orixá) e presidente da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA), Leonel Monteiro, e a Teóloga Gilcélia Cruz.
O Padre José Carlos abriu o debate falando da importância do tema ser discutido dentro do âmbito político e da necessidade do poder público tratar com equidade todos os cidadãos. O Pastor Djalma Torres, lembrou que o Brasil é um Estado Laico onde se deve garantir o direito à diversidade e respeito à liberdade de consciência, culto e crença.  
O Ogan Leonel Monteiro apontou a discriminação religiosa sofrida por alguns terreiros de Salvador por parte da Prefeitura do município, na gestão anterior. Citando fatos como a cobrança indevida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ao Terreiro da Casa Branca, em 2000 e a demolição do Terreiro Ilê Axé Oyá Unipó Neto em 2008.   A Teóloga Gilcélia Cruz afirmou que o preconceito racial é maior que o preconceito religioso. No final da cerimônia os palestrantes encerraram parabenizando a iniciativa da prefeitura e pedindo mais atenção de todas as secretarias, principalmente a Secretaria Municipal de Educação na aplicação da Lei Nº 10.639/2003, que regulamenta o ensino da História e Cultura Afro-brasileiras  nas escolas municipais.
Pr. Djalma Torres, Babá PC, Mãe Jaciara, Elias Sampaio e Olívia Santana

À noite, o Pastor Djalma Torres compareceu ao Terreiro Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó (Casa de Òsùmàrèna) na Vasco da Gama, para o lançamento do documentário “Mulheres de Axé: vozes contra a intolerância”. O público, recebido pelo anfitrião, Babá PC, sacerdote do templo, lotou o espaço reservado para apresentação do documentário.  Estiveram presentes também, a Yalorixá Jaciara Ribeiro do terreiro Axé Abassá de Ogum,  o secretário, Elias Sampaio, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial ( SEPROMI) e Olívia Santana, Secretária do PCdoB. 


O filme documenta a história de mulheres religiosas do Candomblé, a exemplo de Makota Valdina Pinto e a yalorixá Jaciara Ribeiro, além do depoimento do médium espírita José Medrado e do Pastor Djalma Torres, símbolo da luta contra a intolerância religiosa no estado. O documentário traz declarações que situam o público no debate sobre a intolerância, mesclando com as histórias de vida de personalidades que empenham esta luta em seu dia-a-dia e abordando o significado do dia 21 de janeiro.




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