A Igreja Batista Nazareth vem
desenvolvendo, há quase dez anos, uma experiência muito feliz, denominada Jantar
Teológico. O evento realizado aos sábados à noite, quatro vezes por ano, vem
discutindo temas relevantes nos campos da teologia, eclesiologia, ciência,
cultura, arte e sociedade.
Este ano, como parte das comemorações dos
38 anos de vida, o jantar teológico que aconteceu no último sábado, 02, teve como tema, “ Uma Posição sobre a
Jornada Teológica da Igreja” , o conferencista e orador da celebração de aniversário foi o Pr. Djalma Torres, que
pastoreou a igreja por mais de 30 anos.
A seguir, o sumário usado pelo Pastor Djalma durante o Jantar Teológico:
IGREJA
BATISTA NAZARETH
Jantar
Teológico, em 02.03.2013
UMA
POSIÇÃO SOBRE A JORNADA TEOLÓGICA DA IGREJA
Pr.
Djalma Torres
INTRODUÇÃO
1.A
CONJUNTURA BRASILEIRA NAS DECADAS DE 60 E 70
A
euforia dos anos 60 no Brasil
A
reação conservadora: fora e dentro da Igreja
O golpe
militar
2.A
DITADURA MILITAR E AS IGREJAS
O
comportamento da Igreja Católica
O
comportamento das igrejas protestantes
3.O MEU
ENVOLVIMENTO COM O GRUPO DA FUTURA IGREJA
Os meus
contatos com os jovens da I. Batista Dois de Julho
A
expulsão de um grupo da Igreja 2 de Julho (Cartas compulsórias)
O
encaminhamento do Grupo para a Igreja Batista Moriá
A
organização da Igreja e a negação da filiação
O
afastamento da Igreja e o meu da vida denominacional
4. ENCRUZILHADAS
E ALTERNATIVAS DA IGREJA
As
reuniões semanais e o desafio da compra da sede
Estudo
crítico da estrutura denominacional batista
A opção
por um ministério integral: Comunhão (Koinonia), Proclamação ((Kerigma) e
Serviço (Diaconia)
A Ceia
Ultra Livre
A
Aceitação do batismo de outras igrejas
A
Aceitação do divórcio
A
realização do chamado casamento misto
A
elaboração de uma liturgia peculiar
A
preparação de uma seleção musical com músicas da MPB, do folclore brasileiro,
da Igreja Católica e de entidades ecumênicas.
A
relação com igrejas protestantes e atividades especiais com a Igreja Católica
A transgressão
da Igreja: A organização do CEPTAS; o apoio e solidariedade a marginalizados,
políticos, a movimentos especiais:
COSPAC, CUBA, e CEDI
A
aceitação e exclusão da Convenção Batista Baiana
A
organização do ITEBA
As
celebrações do Dia da Mulher, Dia do Índio, do Dia do Pastor, do Dia do
Migrante, do Dia Nacional da Consciência Negra
A
relação com a Fraternidade de Igrejas Batistas de Cuba.
A
Organização do movimento ecumênico na Bahia
A
Semana da Unidade.
O
envolvimento com Canudos
A
filiação à CESE, ao CONIC e ao CLAI
Os
primeiros passos na direção do diálogo inter-religioso
DISCUSSÃO PLENÁRIA
Intervenções do plenário:
01.Romilson,
sobre conselho à Igreja e realização do pastorado
02.Eva:
Relação da Igreja com a Igreja Católica
03.Eliana:
Nazareth nunca pensou no pastorado feminino?
04.Gustavo:
Dificuldades na relação com os protestantes
05.Alfino:
Não vi menção à Teologia da Libertação
06.Eurico:
Falar sobre o futuro da Igreja
07.Clarissa:
O que há de novo no discurso sobre a Igreja?
08.Terezinha:
Conselho aos jovens de hoje e como vê a Igreja?
09.Célio:
Movimento ecumênico e como se sente como pastor batista neste contexto ecumênico
e de diálogo inter-religioso?
10.Dalva:
Como foi a transição entre um pastor batista e um ativo participante do diálogo
inter-religioso.
11.Edson:
Onde está a nossa comunhão?
Respostas:
01.Conselhos
e considerações sobre situações da Igreja, serão contempladas na mensagem do
domingo (3.3.2013).
02.Relação
com a Igreja Católica: tem sido fraterna e positiva, com avanços e recuos. A
interlocução tem sido mais freqüente através da CNBB nacional e suas
representações regionais.
03.Nazareth
tomou iniciativas para a inclusão no pastorado de um pastor negro e depois de
uma pastora, mas não conseguiu sucesso.
04.Dificuldades
na relação com protestantes: Católicos e não católicos que não conhecem o mundo
protestante sempre encontram dificuldades nessa relação. É sempre mais positivo
o contato quando se conhece a denominação com a qual se pretende dialogar. Com
o surgimento das igrejas neopentecostais, com ofertas de “ milagres e
prosperidade”, o diálogo ecumênico ficou
prejudicado.
05.Teologia
da Libertação: Foi um avanço na reflexão teológica, sobretudo para a América
Latina e a África, mas Nazareth não privilegiou uma corrente teológica, muito
embora a opção feita para o seu ministério tenha forte ligação com a Teologia
da Libertação.
06.Não
creio que haja algo novo no discurso. Ele ainda é muito pouco conhecido, por
isso precisa ser repetido em ocasiões como esta.
07.A
minha atuação no mundo ecumênico e no diálogo inter-religioso têm sido feitos como pastor protestante,
batista.
08.A
transição entre um pastor tradicional e um participante ativo do diálogo inter-religioso, no meu caso, foi
complexa, mas depois tranqüila na
relação com Deus e no serviço pastoral.
09.Nazareth
cultiva a comunhão. Há alguns casos de exceção, mas a igreja é um exemplo muito
bonito de comunhão fraterna e solidária.
10.
Sede: a compra deste imóvel para a Igreja, foi um ato de coragem e fé. Mesmo
hoje não seria fácil um investimento tão grande.
11.
Canudos: Paulo realizava um grande trabalho de assessoria jurídica a igrejas e
dioceses do interior da Bahia, especialmente na região sertaneja. Por
intermédio dele chegamos a Canudos, onde até hoje temos participação no
movimento pelo resgate da bonita história do Belo Monte do Conselheiro.
12.
Nome da Igreja. Foi incluído o “th” em Nazaréth para diferenciar do nome do
bairro e da igreja do interior do Estado (Nazaré das farinhas). O Nazareth, com
ou sem “th” foi definido para estabelecer uma ligação com a Nazaré da Galiléia.
Sem comentários:
Enviar um comentário