Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pastor Djalma Torres participa do Jantar Teológico da Igreja Batista Nazareth


A Igreja Batista Nazareth vem desenvolvendo, há quase dez anos, uma experiência muito feliz, denominada Jantar Teológico. O evento realizado aos sábados à noite, quatro vezes por ano, vem discutindo temas relevantes nos campos da teologia, eclesiologia, ciência, cultura, arte e sociedade.

Este ano, como parte das comemorações dos 38 anos de vida, o jantar teológico que aconteceu no último sábado, 02, teve como tema, “ Uma Posição sobre a Jornada Teológica da Igreja” , o conferencista  e orador da celebração de aniversário foi o Pr. Djalma Torres, que pastoreou a igreja por mais de 30 anos. 

A seguir, o sumário usado pelo Pastor Djalma durante o Jantar Teológico: 

IGREJA BATISTA NAZARETH
Jantar Teológico, em 02.03.2013

UMA POSIÇÃO SOBRE A JORNADA TEOLÓGICA DA IGREJA
Pr. Djalma Torres

INTRODUÇÃO

1.A CONJUNTURA BRASILEIRA NAS DECADAS DE 60 E 70
A euforia dos anos 60 no Brasil
A reação conservadora: fora e dentro da Igreja
O golpe militar

2.A DITADURA MILITAR E AS IGREJAS 
O comportamento da Igreja Católica
O comportamento das igrejas protestantes

3.O MEU ENVOLVIMENTO COM O GRUPO DA FUTURA IGREJA
Os meus contatos com os jovens da I. Batista Dois de Julho
A expulsão de um grupo da Igreja 2 de Julho (Cartas compulsórias)
O encaminhamento do Grupo para a Igreja Batista Moriá
A organização da Igreja e a negação da filiação
O afastamento da Igreja e o meu da vida denominacional

4. ENCRUZILHADAS E ALTERNATIVAS DA IGREJA
As reuniões semanais e o desafio da compra da sede
Estudo crítico da estrutura denominacional batista
A opção por um ministério integral: Comunhão (Koinonia), Proclamação ((Kerigma) e Serviço (Diaconia)
A Ceia Ultra Livre
A Aceitação do batismo de outras igrejas
A Aceitação do divórcio
A realização do chamado casamento misto
A elaboração de uma liturgia peculiar
A preparação de uma seleção musical com músicas da MPB, do folclore brasileiro, da Igreja Católica e de entidades ecumênicas.

5. A CAMINHADA ECUMÊNICA DA IGREJA
A relação com igrejas protestantes e atividades especiais com a Igreja Católica
A transgressão da Igreja: A organização do CEPTAS; o apoio e solidariedade a marginalizados, políticos, a movimentos especiais:  COSPAC, CUBA, e CEDI
A aceitação e exclusão da Convenção Batista Baiana
A organização do ITEBA
As celebrações do Dia da Mulher, Dia do Índio, do Dia do Pastor, do Dia do Migrante, do Dia Nacional da Consciência Negra
A relação com a Fraternidade de Igrejas Batistas de Cuba.
A Organização do movimento ecumênico na Bahia
A Semana da Unidade.
O envolvimento com Canudos
A filiação à CESE, ao CONIC e ao CLAI
Os primeiros passos na direção do diálogo inter-religioso



DISCUSSÃO PLENÁRIA

Intervenções do plenário:

01.Romilson, sobre conselho à Igreja e realização do pastorado
02.Eva: Relação da Igreja com a Igreja Católica
03.Eliana: Nazareth nunca pensou no pastorado feminino?
04.Gustavo: Dificuldades na relação com os protestantes
05.Alfino: Não vi menção à Teologia da Libertação
06.Eurico: Falar sobre o futuro da Igreja
07.Clarissa: O que há de novo no discurso sobre a Igreja?
08.Terezinha: Conselho aos jovens de hoje e como vê a Igreja?
09.Célio: Movimento ecumênico e como se sente como pastor batista neste contexto ecumênico e de diálogo inter-religioso?
10.Dalva: Como foi a transição entre um pastor batista e um ativo participante do diálogo inter-religioso.
11.Edson: Onde está a nossa comunhão?


Respostas:

01.Conselhos e considerações sobre situações da Igreja, serão contempladas na mensagem do domingo (3.3.2013).
02.Relação com a Igreja Católica: tem sido fraterna e positiva, com avanços e recuos. A interlocução tem sido mais freqüente através da CNBB nacional e suas representações regionais.
03.Nazareth tomou iniciativas para a inclusão no pastorado de um pastor negro e depois de uma pastora, mas não conseguiu sucesso.
04.Dificuldades na relação com protestantes: Católicos e não católicos que não conhecem o mundo protestante sempre encontram dificuldades nessa relação. É sempre mais positivo o contato quando se conhece a denominação com a qual se pretende dialogar. Com o surgimento das igrejas neopentecostais, com ofertas de “ milagres e prosperidade”,  o diálogo ecumênico ficou prejudicado.
05.Teologia da Libertação: Foi um avanço na reflexão teológica, sobretudo para a América Latina e a África, mas Nazareth não privilegiou uma corrente teológica, muito embora a opção feita para o seu ministério tenha forte ligação com a Teologia da Libertação. 
06.Não creio que haja algo novo no discurso. Ele ainda é muito pouco conhecido, por isso precisa ser repetido em ocasiões como esta. 
07.A minha atuação no mundo ecumênico e no diálogo inter-religioso  têm sido feitos como pastor protestante, batista.
08.A transição entre um pastor tradicional e um participante ativo  do diálogo inter-religioso, no meu caso, foi complexa,  mas depois tranqüila na relação com Deus e no serviço pastoral.
09.Nazareth cultiva a comunhão. Há alguns casos de exceção, mas a igreja é um exemplo muito bonito de comunhão fraterna e solidária.
10. Sede: a compra deste imóvel para a Igreja, foi um ato de coragem e fé. Mesmo hoje não seria fácil um investimento tão grande.
11. Canudos: Paulo realizava um grande trabalho de assessoria jurídica a igrejas e dioceses do interior da Bahia, especialmente na região sertaneja. Por intermédio dele chegamos a Canudos, onde até hoje temos participação no movimento pelo resgate da bonita história do Belo Monte do Conselheiro.
12. Nome da Igreja. Foi incluído o “th” em Nazaréth para diferenciar do nome do bairro e da igreja do interior do Estado (Nazaré das farinhas). O Nazareth, com ou sem “th” foi definido para estabelecer uma ligação com a Nazaré da Galiléia.


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