O ex-arcebispo de
Buenos Aires, argentino e filho de imigrantes italianos, chega na segunda-feira
ao país com o maior número de católicos do mundo (123 milhões), mas onde o
número de evangélicos tem crescido fortemente nos últimos 30 anos.
A viagem do Papa
Francisco não busca fazer proselitismo, mas seu desejo de aproximar os fiéis do
Evangelho e de dar destaque ao lado social da Igreja pode diminuir a tendência
segundo a qual o catolicismo brasileiro funciona como um "doador
universal" para as outras famílias cristãs, especialmente as
neo-pentecostais, dizem os especialistas.
"Limitar o
crescimento evangélico não é seu objetivo (...) Francisco é um pastor, um Papa
mais humilde (...) que recupera uma Igreja coerente com os valores fundamentais
do Evangelho" e que se opõe "à Igreja do esplendor, da doutrina
portadora da verdade" das últimas décadas, declarou à AFP Faustino
Teixeira, professor de Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de
Fora (sudeste) .
Durante seus sete dias
no Brasil, o Papa visitará uma favela, um hospital para tratamento de
dependentes químicos e estará em comunhão com 1,5 milhão de jovens peregrinos
da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O pontífice quer se
apresentar como o "Papa do povo, próximo das pessoas", de acordo com
fontes ligadas à organização da JMJ.
"O Papa não vem
fazer proselitismo contra outros grupos religiosos", a sua intenção é
defender "o aspecto social da Igreja", é "voltar para a igreja
original, para fortalecer a Igreja Católica", disse Ivan Esperança Rocha,
historiador e especialista em religião da Universidade de São Paulo.
Cerca de 123 milhões de
brasileiros se declararam católicos em 2010, ou seja, 64,6% da população contra
91,8% em 1970, de acordo com os últimos dados do censo.
Fonte: Yahoo
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