Ciente do risco
de protestos, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho,
afirmou nesta quarta-feira (17) que será o "povo" quem vai fazer a
segurança do papa Francisco, que chega na próxima semana ao Brasil para a
Jornada Mundial da Juventude.
Gilberto
Carvalho afirmou ainda que o governo está trabalhando "em sintonia"
com a Gendarmerie, guarda responsável pela segurança da Santa Sé para atender
aos pedidos do papa. "Não faremos nada que não agrade ao papa, que entre
em desacordo com o papa", garantiu.
Além de ordenar
uma redução do esquema de segurança, Francisco pediu também para desfilar num
carro aberto. "Nós entendemos que é um gesto de aproximação dele com a
população, mas alertamos para riscos que podem ocorrer", explicou o
ministro.
A menos de uma
semana da chegada do papa, o medo de manifestações e a preocupação com a
segurança podem alterar a agenda do pontífice que vai passar pelo Rio e
Aparecida.
O governador do
Rio, Sérgio Cabral, e Gilberto Carvalho conversaram por telefone para tratar da
visita do papa. Segundo o ministro, um possível confronto entre católicos e
manifestantes não preocupa. "Sérgio está preocupado com a logística toda
que é muito maluca", afirmou.
Como cabe ao
Brasil garantir a segurança de chefes de Estado que visitam o país, o governo
discute com o Vaticano possíveis alterações de rotas e redução de deslocamentos
terrestre.
"Nós
estamos, claro, tomando todos os cuidados do ponto de vista da logística e da
segurança, mas com muita tranquilidade, tanto no aspecto de segurança como com
de ocorrência de manifestação. A grande segurança do papa será feita pelo povo
brasileiro e pela juventude do mundo inteiro que vem", disse.
Fonte: Folha de São Paulo
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