Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Comissão Estadual da Verdade é empossada pelo governador

O governador Jaques Wagner empossou os sete membros da Comissão da Verdade estadual, na manhã desta terça-feira (20), durante solenidade no Salão de Atos da Governadoria, no Centro Administrativo, em Salvador. Integram a comissão Amabília Almeida, Antônio Walter Pinheiro, Carlos Navarro Filho, Dulce Tamara Lamego Silva e Aquino, Jackson Chaves de Azevedo, Joviniano Neto e Vera Leonelli.

Com o objetivo de auxiliar a Comissão Nacional da Verdade, a Comissão Estadual vai apurar e esclarecer as violações de direitos humanos praticadas no período de 1946 a 1988, para contribuir com a efetivação do direito à memória e à verdade histórica e com a promoção da reconciliação nacional.


A comissão estadual tem dois anos para apresentar um relatório que permita à sociedade conhecer detalhes dos casos ocorridos no estado. O relatório final também deverá conter recomendações para o aprimoramento das instituições públicas, principalmente as de segurança pública.

Os membros empossados poderão levantar informações relacionadas às mortes e aos desaparecimentos registrados no estado, ouvindo vítimas e pessoas acusadas ou suspeitas de participação nos abusos e requisitando documentos que ajudem a compreender os fatos.

Wagner destacou a disposição do grupo para a realização do trabalho e a importância do resgate histórico. "Sabemos que essas ações não trazem as pessoas de volta, mas é fundamental que essa história seja contada, afinal, a democracia não foi sempre presente em nosso país".

Vinculada ao gabinete do governador baiano e à Fundação Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a comissão estadual será coordenada pelo sociólogo, advogado e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia, Joviniano Neto.


Das 27 unidades da federação, nove já instalaram comitês da verdade próprios. Além da Bahia, também tem colegiados estaduais Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SÔNIA MOTA ASSUME DIRETORIA EXECUTIVA DA CESE


A Reverenda Sônia Gomes Mota, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, assume, em agosto de 2013, a Diretoria Executiva da CESE. Natural de Muritiba, município do Recôncavo Baiano, formou-se em teologia no Instituto de Educação Teológica da Bahia (ITEBA), em 1992, onde iniciou sua caminhada ecumênica interreligiosa e sua conversão à Teologia da Libertação. Licenciou-se em filosofia na Universidade Federal da Bahia em 1997 e no ano de 2003 tornou-se mestre em teologia, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

Na entrevista a seguir, a diretora revela sua trajetória profissional e os desafios e expectativas de estar à frente de uma organização como a CESE, com uma trajetória de 40 anos na defesa da justiça, dos direitos humanos e no fortalecimento dos movimentos populares no país.

Sônia, como iniciou suas atividades no terceiro setor?

SÔNIA: Após a conclusão do mestrado, tive a oportunidade de trabalhar no CECA – Centro Ecumênico de Capacitação e Assessoria. Inicialmente trabalhei como assessora e, posteriormente, tornei-me coordenadora executiva. No CECA atuei em parceria com outras entidades, pastorais e movimentos sociais na luta pela defesa por direitos humanos, formação política e cidadania.


Como você se sente assumindo a direção executiva de uma organização como a CESE, com 40 anos de estrada?


Sinto-me honrada, feliz e muito desafiada, pois estou consciente da imensa responsabilidade que isso significa, afinal, uma instituição como CESE, com 40 anos de serviço e luta na defesa dos direitos humanos, justiça e paz, precisa continuar nesta caminhada, cada vez mais fortalecida. Tenho plena confiança na equipe e nas parcerias de trabalho. Posso contar com o apoio da diretoria e a equipe é muito comprometida e atuante. Sei que estarei muito bem assessorada.

Tem sido um desafio para a CESE aumentar o diálogo com as bases das igrejas e seu compromisso com as campanhas da CESE, a exemplo da Campanha Primavera para a Vida. Como reverenda da IPU, como pretende estreitar esses laços?

A CESE hoje é composta por seis igrejas cristãs, com representação na diretoria e no conselho fiscal da instituição. As igrejas têm sido, ao longo destes 40 anos, parceiras históricas e importantes, não só no aspecto institucional, mas em diversas ações e iniciativas da CESE. Penso que as parcerias podem ser aprofundadas, afinal, superar a realidade de injustiça e desigualdade é também o desejo das igrejas. É importante intensificar os laços com as bases das igrejas para juntos realizarmos a missão profética de denúncia e ação contra as injustiças.

Nunca se falou tanto de terceiro setor e de responsabilidade social no Brasil como agora, mas, muitas organizações, como a CESE,  estão preocupadas com sua sustentabilidade, já que a redução do apoio da cooperação internacional às ONG´s é uma realidade. Comente.


Esta é uma dura realidade que estamos enfrentando há algum tempo. Buscar alternativas de sustentabilidade e ampliar o espectro de agências de fomento tem sido a pauta de discussão e de planejamento de muitas instituições. Estamos passando por momentos de incertezas e por novos tipos de desafios. Para organizações sociais inseridas nas relações de cooperação internacional, não há como não se reorganizar e buscar alternativas no país. Uma estratégia bem elaborada para ampliação e diversificação de outras fontes internas de arrecadação é extremamente necessária. A mobilização de recursos internos é imprescindível. Por isto que a CESE, ao lado da ABONG e outras OSC´s, considera fundamental que seja logo aprovado um novo Marco Regulatório para que as organizações possam mobilizar recursos junto à sociedade civil e as fontes públicas, com legitimidade e transparência, a fim de que possam continuar realizando atividades tão importantes para o bem comum.



Algumas ONGs já adotam estratégias de marketing para mobilização de recursos e perceberam uma melhora em seus resultados, mas se encontram em um dilema: o aparente o risco de ter seus valores diluídos aos das corporações que a elas se aliam para concretizar seus investimentos sociais. Como a CESE pode avançar em mobilização sem  perder o alinhamento  e apoio aos movimentos populares?



É fato que precisamos buscar outras formas e estratégias para mobilizar recursos. Claro que isto deve ser feito obedecendo a critérios. Por isto penso que neste processo é necessário ter clareza sobre nossa identidade, o que queremos e que caminho vamos seguir. É preciso que tenhamos clareza dos nossos objetivos, analisar com cuidado se as parcerias não ferem os princípios da CESE e dos parceiros.

Boletim semanal da Igreja Evangélica Antioquia


IGREJA EVANGÉLICA ANTIOQUIA
Uma Igreja a serviço da fé e da vida
Rua Capelinha do Tororó, 1, 1º andar, Tororó
40050-120, Salvador, Bahia, Brasil

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Boletim Especial do Dia dos Pais
       Em 11 de agosto de 2013
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A comemoração do Dia dos Pais já é uma tradição no Brasil, desde a metade do século passado. Em que pese o apelo comercial, que é muito forte, a data tenta homenagear o pai, à semelhança do 2º domingo de maio, comemorativo do Dia das Mães. Essa tradição existe também em quase todo o mundo, em datas diversas. Assim acontece na América Latina e Caribe, na Europa e na Ásia. Parece que só na África não há um dia especial de homenagem aos pais.  

Vale a pena celebrar este dia. A figura do pai é exaltada na Bíblia, é motivo de estudo e crítica em diversas ciências e está sob questionamento na sociedade brasileira, sobretudo a partir da ascensão da mulher na sociedade.

Hoje nós vamos ter a oportunidade de falar sobre o assunto. Que pensa o homem a respeito do seu papel como pai na atualidade? E o que pensa dele a esposa, como  sua companheira e pai dos filhos do casal? E os filhos, o que pensam do seu pai?

Este, como dá pra sentir, é um dia especial: de homenagem e de reflexão; de gratidão e de críticas; de acerto de contas e do abraço fraterno e reconhecido.

Pr. Djalma Torres


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­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­PROGRAMA DE HOJE
Abertura: Oluzivone S.O.Torres
Acolhida e informações – Pr. Djalma Torres
Louvor e adoração:
Canto : “Canção da Chegada” e “Oh! Luz do Senhor”
            Oração da manhã
              Leitura da Bíblia – Salmo 128
                          Canto: “Apelo”                   
  Entrega das ofertas para a comunidade
Oração de agradecimento
  Pai: críticas e homenagens
              Fala da comunidade
  Encerramento





MENSAGEM AOS PAIS

Ser Pai

Ser pai é o desafio de ser semelhante ao Pai Eterno. Portanto, o pai é alguém que ama apaixonadamente seus filhos assim com Deus nos amou e deu-se, em Cristo, por nós.
Ser pai é limitar-se para que seus filhos cresçam. Portanto, o pai bem sucedido torna-se inútil.
Ser pai é criar os filhos em liberdade. Portanto, ser pai é ser escravo do amor para que os filhos sejam livres.
Ser pai a aprender a sofrer pelos filhos. Portanto, o pai não é plenamente livre.
Ser pai é esperar com paciência o retorno do(a) filho(a) amado(a). Portanto, ser pai é se preocupar sempre.
Ser pai é sofrer com os problemas dos filhos. Portanto, o pai tem suas dores.
Ser pai é compreender as fases dos filhos. Portanto, o pai bem sucedido é um diplomata.
Ser pai é dialogar com os filhos em todos os momentos. Portanto, o verdadeiro pai é um comunicador.
Ser pai é se alegrar com as alegrias dos filhos. Portanto, um bom pai é feliz.
Ser pai, finalmente, é espelhar a bondade do Pai Eterno. Portanto, o pai deve ser santo, mesmo com seus defeitos.

Pr. Júlio Borges de Macedo Filho,
Pastor em Brasília e escritor.


 INFORMES À COMUNIDADE

PRÓXIMA REUNIÃO DE ANTIOQUIA – 25 de agosto, último domingo do mês. Chegue no horário.

FAMÍLIA CARNEIRO – A querida irmã Vera Galeno está internada desde a sexta-feira passada no Hospital São Rafael. Ela piorou da cirurgia feita no joelho, há poucos meses. Hoje sentimos a falta da família conosco. Vera está no Apartamento 307 C, tel. 86330079. Desejamos-lhe plena recuperação.

DIVULGAÇÃO DA IEA – Estamos enviando o boletim da Igreja Evangélica Antioquia para várias pessoas da relação dos irmãos e irmãs da Comunidade. Também o boletim está sendo divulgado no blog do CEPESC. Para quem desejar acompanhar as publicações do Cepesc, é só acessar no Google: Blog do Cepesc.

SITUAÇÃO FINANCEIRA – Estamos precisando da ajuda de todos e todas para o pagamento das despesas da Comunidade. Participe com quanto você puder e quiser.




***  Pedimos a Deus que nos acompanhe a todos e todas durante os dias desta semana ***


 
 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Advogado vai a Tribunal para apelar contra sentença de morte de Jesus Cristo


O advogado queniano Dola Indidis irá ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), na Holanda, para apelar contra a condenação e a sentença de morte que foram dadas a Jesus Cristo.
Esta não é a primeira vez que o advogado tenta recorrer da sentença de morte. Em 2007 ele levou o caso à Alta Corte do Quênia, que recusou ouví-lo. Para especialistas, a reação do TIJ deverá ser a mesma.
"É meu dever defender a dignidade de Jesus e eu tenho que ir à TIJ para buscar justiça para um homem de Nazaré. O julgamento seletivo e malicioso violou os seus direitos humanos através de uma má conduta judicial, abuso de poder e preconceito", afirmou Indidis à revista Time.

Os alvos do advogado são o governo e os líderes religiosos que proferiram a sentença a Jesus. Entre eles está o imperador romano Tibério. Como o Império Romano não existe mais e os líderes já morreram, Indidis planeja mover a ação contra Itália e Israel, que segundo ele teriam herdado as leis daqueles que sentenciaram Cristo.

Será Francisco o novo Moisés da igreja?

A entrevista pouco usual de quase uma hora e meia que o papa Francisco concedeu a jornalistas que o acompanhavam no voo do Rio para Roma, depois de sete dias de Jornada Mundial da Juventude, foi destaque nos principais jornais do mundo. O jornal italiano "Corriere Della Sera" afirmou que a fala de Francisco foi "uma lição de liberdade que terminou com um aplauso geral de setenta jornalistas de todo o mundo."
No Brasil, a igreja - com Francisco como um novo Moisés bíblico - foi chamada a atravessar seu deserto em busca de uma terra nova para fugir da escravidão em que a havia colocado seu afastamento das pessoas.
É possível que, como Moisés, Francisco também não veja a igreja chegar a essa terra prometida com que ele sonha, na qual não exista a "psicologia de príncipes" nos bispos; na qual estes sejam pobres de coração e de bens; que não suspirem pelas cebolas e os cozidos de carne que deixaram para trás e que não voltem a adorar os bezerros de ouro.
A revolução que o papa lançou do Brasil para todo o mundo, como já se esperava, é séria. Não há dúvidas depois de seu discurso duro, com autoridade, sem concessões, pronunciado aos representantes das conferências episcopais da América Latina e de algum modo para os 3 mil bispos do mundo.
Francisco quer acabar com uma igreja que se revestiu até agora de mil ouropéis ideológicos que pouco têm a ver com a simples, e ao mesmo tempo exigente, proposta evangélica.
Ele desnudou a igreja das falsas ideologias, tanto de esquerda quanto de direita, que haviam mudado a ideia evangélica do encontro com os excluídos, da misericórdia sem reservas, do encontro inclusive corporal, físico, com o próximo, sem medo do corpo, por categorias de sociologia ou de psicologia que acabaram cunhando na igreja uma espiritualidade elitista, desencarnada, sem compromisso com sua realidade primitiva quando desafiava os ídolos do poder.
Ele veio dizer aos bispos que a igreja não pode continuar como até agora. Que tem de mudar de pele, deixar de ser burocrática, esquecer-se dos demônios do carreirismo. Disse-lhes que, mais que no amanhã de suas vidas, pensem no hoje dos que sofrem agora e não podem esperar. "O hoje é a eternidade", disse aos bispos. E esse hoje e esses marginalizados da sociedade são "a carne da igreja".
Até agora, inclusive os papas mais abertos sempre falaram em reformar a cúria, o governo central do Vaticano. Francisco, que também deverá fazer isso e com urgência, propôs no Brasil uma revolução global da igreja.
Quando falou sobre a "humildade social", estava traduzindo o mandato evangélico de que o maior se faça o menor para ir ao encontro do próximo, que é um igual a nós.
Ainda não sabemos como os diferentes movimentos da igreja, como o Opus Dei, os pentecostalistas, os da Comunhão e Libertação ou os próprios teólogos da libertação analisarão agora as graves palavras de Francisco no Rio.
Para ele não servem as metodologias liberais nem as marxistas para encarnar o evangelho nas pessoas. Tachou todas elas de ideologias elitistas. Como alternativa para os conceitos políticos de direita, centro ou esquerda, Francisco cunhou para seu pontificado um novo: o das periferias, que é, como disse aos bispos, onde se devem colocar como "pastores", e não como "príncipes"; como anunciadores de esperança, e não como burocratas ou administradores de uma empresa ou uma ONG.
De certo modo, disse aos bispos que deixem de bizantinismo e que saiam à rua a pegar pela mão todos os que buscam ajuda, consolo, conselho ou simplesmente um ombro onde chorar essa dor que não há ideologia capaz de consolar.
Deixarão que Francisco - que se apresentou despojado e próximo das pessoas, sem as insígnias reais do papado - realize essa novidade histórica que obrigará a igreja a uma catarse coletiva? O escutarão e seguirão nessa travessia do deserto? Nessa conversão existencial para desnudar-se, como fez o jovem Francisco, de sua cômoda vida passada para seguir ao pé da letra o Evangelho, compartilhando a vida dos sem poder e sem dinheiro?
Difícil de adivinhar. Moisés não chegou a ver a Terra Prometida, mas o povo judeu conseguiu, afinal, livrar-se da escravidão dos ídolos.

El País: Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves