Sobre o CEPESC

Salvador, Bahia, Brazil
CEPESC - Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. Nasceu do sonho, da utopia e da luta pela criação de um entidade que refletisse, a partir da perspectiva cristã e no contexto da diversidade cultural, social e religiosa brasileira e da Bahia, o mundo dos nossos dias de um modo abrangente e total, ou seja, nas suas dimensões social, econômica, política, educacional e religiosa. Por isso, adotou o lema Dignidade e plenitude da vida e da criação. Organizada em 23 de novembro de 1996, é uma entidade de caráter cultural, educacional, social e religioso. Tem como objetivos estimular, fazer e divulgar pesquisas no campo político, econômico, social, cultural e religioso e realizar trabalhos de educação, sociais, culturais e religiosos. Contato: 3266-5526

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

“Igrejas legitimaram golpe militar”, diz Anivaldo Padilha



Anivaldo Padilha

Sob a coordenação de Anivaldo Padilha, metodista e membro do  Conselho Latino-Americano de Igrejas, um grupo de onze pesquisadores, especialistas em questões religiosas e ligados à Comissão Nacional da Verdade, vem se reunindo desde novembro em São Paulo. Eles se dedicam a pesquisar as relações entre as igrejas brasileiras e a ditadura militar.
 O grupo trabalha neste momento com a revisão da literatura já existente sobre o tema. Também estão sendo iniciadas pesquisas em arquivos públicos. Numa segunda etapa serão colhidos depoimentos.
Padilha, que, militou na organização de esquerda Ação Popular (AP), foi perseguido, encarcerado e obrigado a se exilar, diz que a literatura existente destaca sobretudo o papel da resistência da Igreja Católica à ditadura. Mas essa seria apenas uma parte da história. Entre as lacunas existentes e que devem ser pesquisadas pelo grupo, aparecem as questões do apoio que as igrejas deram à ditadura, principalmente antes de 1968, e o papel dos protestantes – ou evangélicos – naquele período histórico.
“As igrejas ajudaram a preparar o clima político que levou ao golpe militar de 1964″, diz Padilha. Na avaliação dele, só houve rompimento com a ditadura em 1968, quando ocorre a institucionalização da tortura e padres começam a ser presos. A seguir, alguns dos principais trechos da conversa com o coordenador do grupo.

O relatório do grupo vai focalizar as perseguições que a Igreja Católica sofreu na ditadura?
Já existem muitas pesquisas e informações sobre os setores da Igreja Católica que resistiram à ditadura e sofreram perseguições por causa disso. Temos pouca coisa, porém, sobre a resistência entre os protestantes. Vamos procurar mais informações sobre essa questão.

As igrejas sempre se opuseram à ditadura?
Não. Houve um período em que elas apoiaram. Esse apoio aparece de forma evidente no material sobre a preparação do golpe militar de 1964. Com o clamor anticomunista imposto ao Brasil naqueles dias, as igrejas foram utilizadas como instrumento político a favor do golpe. Ajudaram a preparar o clima que levou à derrubada do governo constitucional. As manifestações da Marcha da Família com Deus pela Liberdade foram  o melhor exemplo disso. Ingenuamente, ou deliberadamente, as igrejas ajudaram a legitimar o golpe. Deram legitimidade religiosa.

E após o golpe?
Os estudos apontam que logo após o golpe não houve diferença entre as ações das igrejas protestantes e a católica: todas continuaram contribuindo para a legitimação da ditadura. Por meio de pronunciamentos e atos oficiais, bispos e cardeais apoiaram os golpistas até o final de 1968, com a promulgação do Ato Institucional n.º 5 e a institucionalização da tortura como método sistemático de interrogatório, a prisão de padres e a implantação de um estado de terror. Foi nesse momento que a hierarquia católica reagiu de forma firme contra a ditadura.

E os protestantes?
As principais lideranças das igrejas protestantes continuaram apoiando o regime mesmo depois do AI-5. Foi só a partir de um determinado momento, já na década de 1970, que começa a haver um fortalecimento da oposição em setores protestantes e a sua aproximação com os católicos. De maneira geral, tanto os católicos quanto os evangélicos, em termos de instituição, tiveram posições dúbias em relação à ditadura. Não se deve ignorar, porém, que desde antes do golpe existia um setor ecumênico que apoiava as reformas de base que vinham sendo discutidas no Brasil e que se opunham à intervenção militar. É preciso aprofundar a análise de todos esses aspectos.

A hierarquia católica na Argentina também apoiou a ditadura. Foi diferente daqui?
Na Argentina, a Igreja Católica manteve seu apoio à ditadura militar do início até o final dela. Houve uma colaboração muito forte com o regime ditatorial, especialmente por meio das capelanias militares. Lá não houve só conivência ou omissão: foi sobretudo colaboração. Os protestantes, talvez pelos sérios conflitos que tinham com as instituições católicas argentinas, se opuseram ao golpe e depois tiveram um papel importante na resistência à ditadura.

Quais as dificuldades do trabalho do grupo de pesquisadores?
Nosso campo de pesquisa e investigação é muito amplo. Não vamos ter condições de cobrir essa amplitude, nem do ponto de vista geográfico, nem temático, dentro do prazo previsto. As igrejas estavam presentes em toda a extensão territorial do País. Teremos que fazer escolhas, buscar os casos emblemáticos, mais representativos do comportamento das igrejas.

O senhor foi perseguido?
Sou metodista e participei do movimento ecumênico que, desde a década de 50, vinha discutindo politicamente reformas para o Brasil. Eu defendia as reformas de base reivindicadas em 1964. Por causa de minhas posições políticas e de minha militância na AP, fui preso em 1970 e permaneci um ano na prisão. Após ser libertado, tive que viver na clandestinidade até 1971, quando o cerco se fechou e fui obrigado a sair do Brasil.  Passei pelo Uruguai, Argentina, Chile. Com o apoio do mundo ecumênico internacional, mudei para os Estados Unidos, onde vivi durante quase oito anos e, depois para Genebra, passando a atuar no Conselho Mundial de Igrejas.


Fonte: www.koinonia.org.br -  Estadão entrevista Anivaldo Padilha, sócio de KOINONIA

Com menos fiéis, igrejas são postas à venda na França

Esta igreja foi comprada por um pianista por 125 mil euros

Além do menor número de fiéis, a crise econômica também provoca queda nas doações. Em muitos casos, faltam recursos para fazer obras de manutenção. Em outros, falta dinheiro para custear simples despesas regulares de funcionamento. 
"As dioceses estão em uma situação financeira crítica, com cada vez menos fiéis", afirma Maxime Cumunel, do Observatório do Patrimônio Religioso, uma entidade civil que busca preservar o patrimônio histórico religioso.
O corretor imobiliário Patrice Besse, especializado na venda de propriedades religiosas, explica que "antes as dioceses se sentiam incomodadas em vender suas igrejas. Afinal, elas foram construídas com o dinheiro de doações. Agora é uma necessidade econômica. É preciso vender algumas para salvar outras."
"Há cada vez menos fiéis e menos doações. O fenômeno de venda de igrejas está aumentando", estima Besse.




Esta igreja em Soissons, com estilo Art Déco, é estimada em 350 mil euros


A corretora de Patrice Besse dispõe atualmente de seis igrejas à venda, com preços entre 50 mil e 500 mil euros (aproximadamente entre R$ 130 mil e R$ 1,3 milhão).
Ele acaba de vender uma igreja na cidade de Soissons, no norte da França, por 125 mil euros, que foi comprada por um pianista anglo-taiwanês de 21 anos, internacionalmente famoso.
Besse também negocia a venda de outra igreja em Soissons, com estilo Art Déco, estimada em 350 mil euros e que pertence à paróquia local.
"A manutenção custa caro, e muitas paróquias preferem vender seus bens para não ter de arcar com despesas de obras", afirma o corretor.
É o caso de uma capela na região de Bordeaux, no sudoeste da França. A diocese de Bordeaux explica em seu site que a capela está fechada desde julho de 2011 por razões de segurança. As obras necessárias são estimadas em 400 mil euros.
"Nem o Episcopado nem a paróquia de Talence têm os recursos financeiros para realizar as obras. O dinheiro obtido com a venda da capela será bem-vindo para atender às necessidades das missas da paróquia", afirma a diocese.

Fonte: http://www.bbc.co.uk

sábado, 23 de fevereiro de 2013

UMA IGREJA CATÓLICA SEM PAPA?

                                                                                            Eduardo Hoornaert

Eduardo Hooaert


O anúncio da renúncia de Bento XVI me surpreendeu, com aconteceu a muitas pessoas. Impressiona-me a simplicidade com que ele expõe seus sentimentos e penso que, desse modo, ele desbloqueia a visão estática que temos do papado e abre um espaço para discussões em torno do governo da igreja católica. É isso que pretendo fazer neste texto. Minha pergunta é a seguinte: será que a igreja católica precisa mesmo de um papa? Vou por pontos.
1. O papado.
O papado não está ligado à origem do cristianismo. O termo ‘papa’, por exemplo, não aparece no novo testamento. Quanto aos versos do evangelho de Mateus (‘tu és Pedro e sobre essa pedra construirei minha igreja’: 16, 18), que costumam ser invocados para legitimar o papado, há de se lembrar que a exegese atual é taxativa em afirmar que não se pode isolar um texto de seu conjunto literário e transformá-lo em oráculo. Ora, os versos de Mateus funcionam, pelo menos na instituição católica, como um oráculo. Para quem lê os evangelhos em contexto fica claro que não dá para se imaginar que Jesus tenha planejado uma dinastia apostólica de caráter corporativo, baseada em sucessão de poderes. As palavras ‘tu és Pedro’ não condizem com a instituição do papado. Foi o bispo Eusébio de Cesareia, teórico da política
universalista do imperador Constantino, que no século IV começou a redigir listas de sucessivos bispos para as principais cidades do império romano, em muitos casos sem verificar a veracidade dos nomes arrolados, na tentativa de adaptar o sistema cristão ao modelo romano da sucessão dos poderes. Esse bispo-historiador é o criador da imagem de Pedro-papa. Mas a pesquisa histórica aponta outro horizonte e mostra que a palavra ‘papa’ (pope), que pertence ao grego popular do século III, é um termo derivado da palavra grega ‘pater’ (pai) e expressa o carinho que os cristãos tinham por determinados bispos ou sacerdotes. O termo penetrou no vocabulário cristão, tanto da igreja ortodoxa como da católica. No interior da Rússia, até hoje, o pastor da comunidade é chamado ‘pope’. A história conta que o primeiro bispo a ser chamado ‘papa’ foi Cipriano, bispo de Cartago entre 248 e 258 e que o termo ‘papa’ só apareceu tardiamente em Roma: o primeiro bispo daquela cidade a receber oficialmente esse nome (segundo a documentação disponível) foi João I, no século VI.
2. O episcopado.
Em contraste com o papado, a instituição episcopal deita raízes sólidas na origem do cristianismo, pois se refere a uma função já existente no sistema sinagogal judeu. A palavra ‘bispo’ (que significa ‘supervisor’) se encontra diversas vezes nos textos do novo testamento (1Tm 3, 2; Tito 1, 7; 1Pd 2, 25 e At 20, 29), assim como o substantivo ‘episcopado’ (1Tm 3, 1). Nas sinagogas judaicas, o
‘episcopos’ era responsável pela boa ordem nas reuniões e as primeiras comunidades cristãs nada mais fizeram que adotar e adaptar o nome e a função.
3. A luta pelo poder.
A partir do século III desencadeou-se, entre os bispos das quatro principais metrópoles do império romano (Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Roma), uma dura luta pelo poder. Essa luta era particularmente dramática na parte oriental do império, onde se falava a língua grega. Os bispos em litígio foram chamados ‘patriarcas’, um termo que acopla o ‘pater’ grego com o poder político (‘archè’, em grego, significa ‘poder’). O patriarca é ao mesmo tempo pai e líder político. Nos inícios, Roma participava pouco dessa disputa, por ficar longe dos grandes centros do poder da época e usar uma língua menos universal (apenas usada na administração e no exército do sistema imperial romano), o latim. Por sua vez, Jerusalém, cidade ‘matriz’ do movimento cristão, ficou fora do páreo por ser uma cidade de pouca importância política.
Mesmo assim, Roma se fazia valer na parte ocidental do império. O já citado bispo Cipriano, de Cartago, reagiu com energia diante das pretensões hegemônicas do bispo de Roma e insistiu: entre bispos tem de reinar uma ‘completa igualdade de funções e poder’. Mas o curso da história foi implacável. Os sucessivos patriarcas de Roma conseguiram ampliar sua autoridade e elevaram o tom da voz, principalmente após a bem sucedida aliança com o
emergente poder germânico no ocidente (Carlos Magno, 800). As relações com os patriarcas orientais (principalmente com o patriarca de Constantinopla) se tornaram sempre mais tensas até que aconteceu a ruptura de 1052. Aí começou a história da igreja católica apostólica romana propriamente dita.
4. O papa fica do lado dos mais fortes.
Uma vez ‘dona do pedaço’, Roma foi elaborando de forma sofisticada a ‘arte da corte’ que ela aprendera com Constantinopla. Ao longo dos séculos, praticamente todos os governos da Europa ocidental aprenderam por sua vez a arte diplomática com Roma. Trata-se de uma arte nada edificante, que inclui hipocrisia, aparência, habilidade em lidar com o povo, impunidade, sigilo, linguagem codificada (inacessível aos fiéis), palavras piedosas (e enganosas), crueldade encoberta de caridade, acumulação financeira (indulgências, ameaça do inferno, pastoral do medo etc.). A imponente ‘História criminal do cristianismo’, em 10 volumes, que o historiador K. Deschner acaba de concluir, descreve essa arte eminentemente papal em detalhes.
Foi principalmente por meio da arte diplomática que, ao longo da idade média, o papado teve sucessos fenomenais. Sem armas, Roma enfrentou os maiores poderes do ocidente e saiu vitoriosa (Canossa 1077). Como resultado, a igreja foi afetada, no dizer do historiador Toynbee, pela ‘embriaguez da vitória’. O papa perdeu contato com a realidade do mundo e passou a viver num universo irreal,
repleto de palavras sobrenaturais (que ninguém entende). Como bem observa Ivone Gebara, algumas dessas palavras ainda hoje estão em voga, como quando se diz que o Espírito Santo elegerá o próximo papa.
Com o advento da modernidade, o papado perde paulatinamente espaço público. No século XIX, principalmente durante o longo pontificado de Pio IX, a antiga estratégia de se opor aos ‘poderes deste mundo’ não funciona mais. Não traz mais vitórias, registra apenas derrotas. Então, o papa Leão XIII resolve mudar a estratégia e inicia uma política de apoio aos mais fortes, uma estratégia que funciona durante todo o século XX. Bento XV sai da primeira guerra mundial ao lado dos vitoriosos; Pio XI apoia Mussolini, Hitler e Franco, enquanto Pio XII pratica a política do silêncio diante dos crimes contra a humanidade perpetrados durante a segunda guerra mundial, à custa de incontáveis vidas humanas. Após uma breve interrupção com João XXIII, a política de apoio silencioso aos fortes (e de palavras genéricas de consolo aos perdedores) prossegue até os nossos dias.
5. Hoje, o papado é um problema.
Por tudo isso, pode-se dizer hoje que o papado não é uma solução, é um problema. Não se diz o mesmo do episcopado, pois este registra, nos últimos tempos, páginas luminosas. Além dos bispos mártires (como Romero e Angelelli), tivemos aqui na América Latina uma geração de bispos excepcionais entre os anos 1960 e os anos 1990.
Além disso, o concílio Vaticano II avançou a ideia da colegialidade episcopal, no intuito de fortalecer o poder dos bispos e limitar o poder do papa. Mas tudo esbarrou num muro intransponível feito de mistura entre preguiça mental (a lei do menor esforço), fascínio pelo poder (Walter Benjamin), disponibilidade do fraco diante do poderoso (Machiavelli) e arte cortesã (Norbert Elias). Mesmo assim, vale lembrar que o catolicismo é maior que o papa e que a importância dos valores veiculados pelo catolicismo é maior que o atual sistema de seu governo.
6. Pode a igreja católica subsistir sem papa?
Pode a França subsistir sem rei, a Inglaterra sem rainha, a Rússia sem czar, o Irã sem aiatolá? A própria história se encarrega de dar a resposta. A França não se acabou com a destituição do rei Luis XIV e o Irá certamente não se acabará com o fim do reino dos aiatolás. Isso se aplica ao cristianismo, como comprova o surgimento do protestantismo no século XVI. Haverá certamente resiliências e saudosismos, tentativas de volta ao passado, mas instituições não costumam desaparecer com mudanças de governo. Em geral, o movimento da história em direção a uma maior democracia e participação popular é irreversível (ao que parece). Cedo ou tarde, a igreja católica terá de enfrentar a questão da superação do papado por um sistema de governo central mais condizente com os tempos que vivemos.
Dentro dessa lógica pode-se dizer que a atual ânsia em fazer prognósticos acerca do futuro papa pode desviar a
atenção do que é realmente importante. Pois não se trata do papa, mas do papado como forma de governo. Compreende-se que a mídia, nestes dias, se compraz em focalizar a figura do papa. Pois, para ela, o papa é negócio. O sucesso do enterro do papa João Paulo II, alguns anos atrás, mostrou aos planejadores da mídia as potencialidades financeiras de grandes eventos papais. Com prazer, a mídia se encarrega hoje de divulgar os pontos básicos do catecismo papal: o papa é o sucessor de Pedro, o primeiro papa; a eleição de um papa, em última análise, é obra do Espirito Santo; que ninguém perca a indulgência plenária concedida excepcionalmente por Deus por ocasião da primeira bênção do novo papa. Eis o que veremos nas próximas semanas. Talvez seja melhor não falar muito da eleição do futuro papa nestes dias, mas trabalhar sobre temas que preparem a igreja do futuro.
Termino trazendo aqui dois exemplos recentes em torno dessa problemática. Poucas pessoas sabem que, nos idos de 1980, o cardeal Aloísio Lorscheider chegou a discutir com o papa João Paulo II acerca da descentralização do poder na igreja. Não existe registro escrito ou fotografado dessa discussão, mas parece que o papa se mostrou aberto às sugestões do cardeal brasileiro, conforme consta na encíclica ‘Ut unum sint’. Esse ponto foi comentado por José Comblin num de seus últimos trabalhos: ‘Problemas de governo da igreja’ (veja internet). Penso que o papa só não avançou porque não percebia na igreja uma real vontade política em avançar na direção da
descentralização do governo. Nesse caso, ficou claro que o problema não é o papa, mas o papado.
Um exemplo bem diferente, mas que aponta na mesma direção, é dado por outro bispo brasileiro, Helder Câmara. Chegando a Roma para participar do concílio Vaticano II (ele não tinha viajado à Europa antes), o bispo brasileiro estranhou os comportamentos na corte romana a ponto de ter alucinações, como conta em suas cartas circulares. Certa vez, por ocasião de uma sessão na basílica de São Pedro, ele teve a impressão de ver o imperador Constantino invadir a igreja montado num garboso cavalo a pleno galope. Outra vez, ele sonhou que o papa ficou louco, jogou sua tiara no Tibre e atou fogo no Vaticano. Ele dizia, em conversas informais: o papa faria bem em vender o Vaticano à Unesco e alugar um apartamento no centro de Roma. Pude verificar pessoalmente, em diversas ocasiões, que Dom Helder detestava o ‘sigilo papal’ (um dos instrumentos do poder de Roma). Ao mesmo tempo, o bispo brasileiro mantinha amizade com o papa Paulo VI, o que mostra, mais uma vez, que o problema não é o papa, mas sim o papado enquanto instituição.



A Religião dos Famosos

Conheça a religião de alguns famosos



Paula Fernandes
A cantora sertaneja Paula Fernandes revelou que é espírita durante sua participação no programa "Show Business", da Band, na última quarta-feira (20). Na TV, a cantora disse ao apresentador João Doria Jr. que: "Tenho comigo que só a doutrina espírita ou algo ligado a isso justifica muitas coisas que eu sinto, meu dom. Eu acho que a gente nunca está sozinho, eu não componho sozinha". Após a revelação, fãs evangélicos e Testemunhas de Jeová. 


Zeca Pagodinho
Em outubro de 2012, Zeca Pagodinho contou no programa "Viver com Fé", da GNT, que mistura as tradições católicas de família com as da religião Umbanda. O pagodeiro sempre assumiu sua devoção religiosa promovendo festas de São Jorge e também carrega tatuado no peito uma imagem de São Cosme e Damião. "Não passo uma segunda-feira sem ir ao terreiro", disse. 



Heloisa Perissé
A atriz Heloisa Perissé, evangélica assumida, falou durante entrevista ao programa "Confissões do Apocalipse", do canal GNT, sobre sua fé. 'Sou feliz sendo da igreja', disse. Ela também contou que vai sempre aos cultos e lê a Bíblia todos os dias. 'Tenho a necessidade de fazer um exercício espiritual', revelou. A entrevista aconteceu em agosto de 2012. 



Maria Bethânia

Em entrevista para a revista "Época", em 2005, quando questionada sobre a religião, a cantora Maria Bethânia falou sobre sua fé pelo candomblé. "Sou candomblé, sim. Sou de iansã e oxum, graças a Deus", disse.








Richard Gere

O ator Richard Gere teve seu primeiro contato com o budismo em 1978, em uma viagem ao Nepal, e desde então segue suas práticas. Ele tem costume de passar temporadas em templos, defende os ideais de prática da fé e já participou de cerimônias budistas na Índia com seu amigo pessoal, Dalai Lama. 





Marcello Novaes

Em agosto de 2012, Marcello Novaes contou que é adepto da religião espírita. "Conheci o espiritismo há 15 anos, é uma religião muito bacana e me tirou um pouco a tristeza da morte”, revelou o ator para o site IG. 








Roberto Carlos

Roberto Carlos tem uma relação muito próxima com a Igreja Católica. Diversas de sua composições, como ‘Jesus Cristo’ e ‘Meu Menino Jesus’ demonstram sua fé. O cantos já fez um show em Jerusalém e há anos riscou do repertório o grande sucesso da década de 1960 ‘Quero que tudo vá para o inferno.’






Madona

A cantora Madonna é adepta da Cabala e falou um pouco sobre a religião ao jornal inglês "The Sunday Times", em 2004. “Ela ensina que seu verdadeiro potencial não tem a ver com vender discos ou ser famosa. Tem a ver com o que você faz para tornar o mundo melhor”, disse a cantora na época. 






Tom Cruise

O ator Tom Cruise é adepto da religião chamada cientologia e em um vídeo, datado de 2004, falou sobre o “privilégio de ser cientologista”: “é algo que você faz por merecer”, afirma. "Nós somos as autoridades da mente, nós somos as autoridades em tirar bom proveito das situações, nós podemos reabilitar criminosos", declarou. Há boatos de que as ex-esposas Penélope Cruz e Katie Holmes se separaram do ator por causa do seu fanatismo pela religião.



Maitê Proença

A atriz Maitê Proença contou em entrevista à revista "TPM", em 2003, que já foi adepta do Daime, mas que agora tem sua própria religião. "Tenho uma prática diária, espiritual, minha, que é uma mistura de tudo o que eu já vivi. Tem igreja católica, mas também tenho um colar com cigana do oriente, estrela do Espírito Santo, Iemanjá, Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, estrela de Davi e até o Zé Pilintra. 



Fonte: Yahoo, Religião dos famosos, Eles não têm medo de assumir a religião












quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

PAULA FERNANDES É VÍTIMA DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Paula Fernandes
                                                                                                                               
                                                                              Maiara Fernandes

A cantora sertaneja Paula Fernandes tornou-se mais uma vítima da intolerância religiosa no Brasil. Após ter confessado que é espírita em entrevista ao programa "Show Business" da Band,  a cantora vem sofrendo represálias por parte de alguns fiéis da igreja Testemunha de Jeová que resolveram criar um manifesto no facebook a fim de boicotar o trabalho da sertaneja.
No programa, Paula Fernandes disse: "Tenho comigo que só a doutrina espírita ou algo ligado a isso justifica muitas coisas que eu sinto. Eu acho que a gente nunca está sozinho, eu não componho sozinha". Após a declaração, foi divulgada uma campanha no Facebook por integrantes da igreja Testemunha de Jeová para "alertar" a todos e dizer que as músicas da artista têm relação com o espiritismo e que é um médium espírita quem compõe as canções.
Com apenas cinco dias a campanha intolerante chegou a atingir a marca de 15 mil compartilhamentos.  Algumas pessoas disseram até que se desfizeram do disco da cantora após tomarem conhecimento da entrevista.
Na terça-feira (19), Paula Fernandes se manifestou através do seu perfil no Twitter, onde postou: "O que a bíblia prega? Respeito ou preconceito? Viva a liberdade de expressão!"

Confira abaixo alguns comentários publicados no facebook.


PASTOR ACUSA GOOGLE DE REPRESENTAR DIABO EM SMARTPHONES


Easter egg encontrado no Android 2.3 (Foto: Reprodução)

Uma imagem escondida nos smartphones Android está dando o que falar na Internet. Por meio de um vídeo publicado no YouTube, o pastor e rapper brasileiro Juninho Lutero acusa o sistema operacional do Google de ser uma "consagração demoníaca" e de "fazer parte de um projeto diabólico que pretende escravizar as pessoas". Prometendo denunciar "a verdade por trás do sistema operacional Android", o pastor mostra o que ele diz ser a prova de um plano infernal: uma arte, feita para o Google, escondida nas configurações dos celulares.

Com um Samsung Galaxy S, o pastor vai até as configurações e toca diversas vezes na opção "Versão de firmware" até aparecer a imagem que justifica sua opinião. Além de caracterizar o mascote do Android 2.3 (Gingerbread) como um demônio, Juninho Lutero chama os zumbis de escravos ao telefone, hipnotizadas pela praticidade e pela quantidade de recursos.
O vídeo termina com uma oração e já alcançou mais de 250 mil visualizações em cinco dias. A polêmica também ganhou o Facebook, onde o pastor afirmou que a denúncia tem caráter religioso e que não pretende difamar a marca, mas sim “alertar as pessoas sobre o perigo espiritual que existe por trás da imagem que foi consagrada ao mal”.
A verdade por trás da imagem
Em cada nova atualização do Android o Google insere um easter egg; uma imagem que varia de acordo com o nome da versão, inspirado em nomes de doces comuns nos Estados Unidos. No caso do Android 2.3, a gigante das buscas o apelidou de "Gingerbread", famoso biscoito em forma de boneco, tradicional nas festas de Halloween e Natal.
A diferença, nesse caso, é que o autor da imagem, Jack Larson, retratou o mascote do sistema inspirado pelo seu gosto por Zumbis. Coincidentemente, essa é a versão mais popular do Android, presente em 45,6% dos aparelhos no mundo; número decisivo na rápida repercussão do vídeo.

A polêmica sobre o easter egg do Google foi tão grande que incomodou até o autor da imagem e resultou em um post explicativo. Na publicação, Jack Larson garante que a imagem retrata a junção entre a magia antiga e a tecnologia moderna.
Quais são seus aplicativos Android preferidos? Dê sua opinião no Fórum do TechTudo!
Para quem ficou curioso ou realmente preocupado, a imagem do easter egg presente no Android 4.0. Como é possível ver, o mascote do sistema representa o Ice Cream Sandwich, ou "sanduíche de sorvete", outro doce muito conhecido nos Estados Unidos. 
Confira o vídeo feito pelo Pastor Juninho Lutero no Link abaixo:


Fonte: http://www.techtudo.com.br


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

EM NOME DE DEUS


Eliane Catanhêde


A tragédia de Santa Maria ofuscou uma informação importante de domingo passado na Folha:   as igrejas arrecadam  R$ 21 bilhões ano no Brasil, incluindo católicos, evangélicos e centros espíritas.
A revelação foi da repórter Flávia Foreque, com base em dados da Receita Federal  obtidos por meio de uma das grandes inovações do país: a Lei de Acesso à Informação.
O valor equivale à metade dos recursos da cidade mais rica de todas, São Paulo, e é maior do que o Orçamento de 15 dos 24 ministérios.
Isso ajuda a explicar a lista da revista “Forbes”, dos EUA, com os cinco pastores mais endinheirados do Brasil, entre eles os que têm passaporte diplomático por representarem “interesses do país”. Os nomes não surpreendem. Mais uma vez, o espanto é diante dos valores.
Encabeçada por Edir Macedo, da Universal do Reino de Deus, com patrimônio líquido de R$ 1.9 bi, a lista inclui: Valdomiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus – dissidente da Universal, como o nome já diz; Silas Malafaia, da Assembléia de Deus; Romildo Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus; e Estevam Hernandes e sua mulher, os mais pobrezinhos ( “só” R$ 130 milhões).
Fica a pergunta: a arrecadação e o dízimo de algumas igrejas vão para elas e suas almas, ou para as contas bancárias dos pastores?
Mais do que o complexo emaranhado sociológico e os impulsos psicológicos que levam as pessoas a dar seu suado dinheirinho para coisas – e gente – assim, o que interessa aqui é o reflexo no futuro.
Há igrejas e igrejas, mas, com dinheiro, TVs, rádios, sites, templos e lábia, as religiões, agora pulverizadas, exercem uma influência social, econômica e política crescente. O céu é o limite. Ou  o poder?
Quanto mais o Congresso e os políticos se distanciam da opinião pública, mais elas, as igrejas, e eles, os pastores, aumentam seus rebanhos. E essas ovelhas votam...

Eliane Catanhêde
Folha de São Paulo, domingo, 3 de fevereiro de 2013




terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Valdemiro Santiago investe na aquisição de redes de TV




Líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago visa agora adquirir duas redes de TV. De acordo com a coluna da jornalista Keila Jimenez na “Folha de S. Paulo”, Valdomiro já estaria finalizando a compra da rede CNT de televisão, por quase R$ 500 milhões.

Proprietária da CNT, as Organizações Martinez teriam recebido representantes da igreja no Rio de Janeiro na última semana, quando foi definida a negociação. A rede possui 48 praças em todo o país, entre emissoras próprias, afiliadas e retransmissoras.

Além desta, Santiago também negocia desde 2012 a compra da Rede 21, pertencente ao Grupo Bandeirantes. Há quase cinco anos utilizando 22 horas diárias do canal, a Igreja Mundial do Poder de Deus deseja agora assumir o comando da emissora, em uma transação que beira aos R$ 700 milhões.

Para a finalização das compras, Valdemiro Santiago chegou a pedir aos seus fiéis uma “doação emergencial”. No apelo, são requisitados ao menos 100 mil pessoas para ajudar com uma doação de R$ 200 cada uma.

Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/valdomiro-santiago-investe-na-aquisi%C3%A7%C3%A3o-de-redes-de-tv-201052545.html


Mulher entra na Justiça e Igreja Universal do Reino de Deus devolverá dízimo



Uma mulher entrou na Justiça contra a Igreja Universal do Reino de Deus e conseguiu receber de volta seus dízimos. De acordo com uma publicação do jornal “Extra”, a mulher recebeu uma grande quantia de dinheiro após realizar um serviço e foi induzida pelo pastor a reverter o montante para a instituição religiosa. Pouco depois o homem fugiu da igreja, resultando em um processo de depressão na fiel, que ficou sem emprego e na miséria.
O processo, acompanhado pela 5ª Turma Cívil do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmou a sentença, determinada pela 9ª Vara Cível de Brasília. Nela, a Igreja Universal do Reino de Deus deverá devolver os R$ 74.341,40 doados à antiga frequentadora, além de acrescer juros de mora de 1% ao mês.

A doação foi realizada a partir de dois cheques compensados em dezembro de 2003 e janeiro de 2004. Entretanto, a mulher decidiu acionar a Justiça somente em 2010, quando sua situação financeira já estava seriamente prejudicada.

Apesar de ter recorrido, a Igreja Universal do Reino de Deus não conseguiu cancelar a decisão. A igreja ainda chegou a afirmar que a mulher era uma empresária e que tinha rendimentos para poder se sustentar caso doasse o montante, na tentativa de se defender.



Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/mulher-entra-na-justi%C3%A7a-e-igreja-universal-do-reino-de-deus-devolver%C3%A1-d%C3%ADzimo-171057363.html

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

DO DEUS DA VIDA AO DEUS DO MERCADO


Djalma Torres

Os protestantes chegaram ao Brasil ou aqui se organizaram em momentos históricos deferentes: os primeiros, no início do século XIX, a fim de dar assistência aos imigrantes europeus; décadas mais tarde chegaram várias denominações com propósitos missionários. Os pentecostais surgiram aqui mesmo, no início do século XX e os neopentecostais ou novos evangélicos, a partir da segunda metade do século passado.
Identificados como protestantes e também como evangélicos, esse segmento cristão primou sempre por seriedade de comportamento, separação entre Igreja e Estado e certa distância com relação a questões políticas, culturais e sociais, com honrosas exceções.
Davam ênfase à evangelização, à leitura da Bíblia e à fé em Jesus Cristo. E se mantinham discretos no comportamento. Assim fizeram história e assim têm vivido  ao longo de mais de um século.  Primavam por ética, justiça, direitos, etc. Havia cuidado e respeito na relação com a sociedade e, reserva, medo até, de inserção no mundo político e cultural do país.
É verdade que nem sempre estas características marcaram a vida e a prática de algumas denominações, ou de seus líderes e adeptos. É fácil identificar “pecados” no mundo protestante brasileiro, mas não há como negar a seriedade  com que se tem comportado diante da sociedade e o zelo que têm revelado com o próximo.
Os fiéis contribuem para o sustento do trabalho de suas igrejas e denominações: mantém pastores, escolas, abrigos, creches, asilos para idosos e sustentam missionários em diversos lugares, até fora do Brasil. Tudo tem girado em torno da expansão da Igreja e da denominação. Os pastores servem à Igreja e não controlam os recursos nem da Igreja e nem da denominação.   
Assim tem sido durante muitas décadas e ainda hoje algumas igrejas e denominações evangélicas se comportam com toda transparência.  Mas o mundo religioso protestante brasileiro tem mudado, não é mais o mesmo. Pelo menos vertentes do mundo conhecido como protestante mudaram. E mudaram de maneira assustadora.
Exemplos não faltam: O resultado de boas propinas tem sido motivo para agradecimento a Deus; aviões transportam dinheiro arrecadado de inocentes fiéis em campanhas indecentes em cultos diversos pelo país afora; em nome de Deus “milagres” impensáveis até por Jesus Cristo “são realizados”, pobres “enriquecem” como num passo de mágica e conchavos políticos são feitos sem nenhuma preocupação com ética e dignidade.  Há casos de reclamações, queixas e medidas judiciais por parte de muita gente que se considera lesada por essas igrejas. 
Como se todos estes fatos conhecidos não bastassem, fomos surpreendidos, recentemente, pela mídia, com a informação da concessão pelo governo brasileiro, de passaportes diplomáticos ao bispo Edir Macedo e esposa, ao apóstolo Valdemiro Santiago e esposa, ao missionário R. R. Soares e esposa, ao Pastor da Assembléia de Deus, Samuel Cássio Ferreira, e sua esposa, sob a argumentação, pelo Itamaraty, de que esse tipo de documento pode ser concedido a pessoas “em função do interesse do País”, de acordo com o Decreto 5.978, de 2006.
E mais absurdos vieram depois. Na semana passada a mesma imprensa nacional publicou artigo da revista norte-americana Forbes, especializada em informações de riquezas bilionárias pelo mundo, dando conta das maiores fortunas dos pastores evangélicos brasileiros, como segue: Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus,  US$ 950 milhões, correspondente, aproximadamente,  a 2 bilhões de reais. Ele também é dono de várias empresas, como a Rede Record, o jornal Folha Universal e uma gravadora de música gospel, entre outras; Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, US$220 milhões, que chega perto dos 500 milhões de reais; Silas Malafaia, da Igreja Assembléia de Deus Vitória em Cristo, US$ 150 milhões, que ultrapassa os 300 milhões de reais; R.R.Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, US$ 125 milhões, uma fortuna superior a 250 milhões de reais; e Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, US$ 65 milhões, superior a 130 milhões de reais.
O protestantismo brasileiro, mesmo com todas as suas fraquezas e múltiplas divisões, está longe de ser uma “empresa eclesiástica” como têm sido caracterizadas muitas das igrejas chamadas evangélicas em nossos dias.  Quão distantes estão elas da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo, - que dizemos ser o Senhor da Igreja – que afirmou ter vindo ao mundo para servir e não para ser servido e viveu peregrinando  pelos campos e vilas ajudando, gratuitamente, pessoas a reconquistarem a dignidade da vida. Quão lamentável que, em nome de Deus, líderes, donos de igrejas, acumulem fortunas espetaculares e se tornem tão poderosos que passem a merecer passaportes diplomáticos do governo brasileiro. Como entristece a alma saber  que o Deus da vida esteja sendo transformado no deus do mercado, no deus dos poderosos... evangélicos.

Salvador, Bahia, 25 de janeiro de 2012
Pr.Djalma Torres
torresdjalma@yahoo.com.br