Pelo
menos 68 igrejas da Arquidiocese de Salvador promovem nesta quinta-feira, 13,
trezenas e missas em honra a um dos mais populares santos no Brasil e Portugal:
Santo Antônio.
Martelo
dos hereges, doutor evangélico, lírio de pureza, taumaturgo, casamenteiro.
Estes são apelidos do santo nascido Fernando de Bulhões e Taveira, em Lisboa, e
que passou à história católica como Antônio de Pádua.
Uma
das mais tradicionais trezenas é realizada na Igreja de Santo Antônio Além do
Carmo, onde hoje, às 19h, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom
Murilo Krieger, celebra a missa de encerramento.
Na
mensagem que escreveu aos paroquianos do Carmo, dom Murilo ressaltou que
"Santo Antônio, com o exemplo que nos deixou, nos ensina que a justiça, a
solidariedade e a paz são possíveis, desde que busquemos fazer de Jesus o
centro de nossas vidas".
Por
sua vez, o frei Ronaldo Marques, pároco de Santo Antônio Além do Carmo, explica
que, no Brasil, o santo português tem maior fama do que São Francisco por ser
associada a ele a distribuição do pão dos pobres. "Um grande número de
pessoas recorre às igrejas nas terças-feiras para conseguir este pão", diz
frei Ronaldo.
Nas
residências - As celebrações nas casas
também são tradição. A comerciante Raimunda Angélica Machado, a Cigana,
celebra o santo hoje, às 21h, em seu
bar, na Praça da Matriz, em Lauro de Freitas. "Fiz uma promessa por meu
marido, ele atendeu. Há nove anos faço a reza".
Na
Bahia, a devoção dos católicos adquire
um traço diferenciado. "Aqui, a fé em Irmã Dulce também está ligada
à fé em Santo Antônio. Os fiéis já
chamam o Santuário de Irmã Dulce também com o nome de Santo Antônio",
explicou o seu reitor, padre Alberto
Montealegre.
Hoje,
o padre Alberto Montealegre celebra missa festiva às 16h, seguida de procissão.
Entre os devotos de Irmã Dulce, o santo de Lisboa é invocado como protetor dos
pobres. O padre Manoel Filho, da Pastoral da Comunicação, lembra que
"quando se diz que o santo foi o 'martelo dos hereges', isso aconteceu
porque ele sempre foi fiel ao que acreditava
e usava o argumento, jamais a violência, para anunciar o Cristo".
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